Ibituruna

Estudante de medicina é morta a facadas em casa em Montes Claros

Principal suspeito é o ex-namorado da jovem; ele está detido na delegacia de plantão de Montes Claros

Por Bruna Carmona
Publicado em 05 de agosto de 2014 | 09:45
 
 
 
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Uma estudante de medicina foi morta a facadas na manhã desta terça-feira (5), dentro do apartamento dela, em Montes Claros, no Norte do Estado. O principal suspeito é o ex-namorado da jovem, um ex-modelo de 28 anos, que está detido na delegacia de plantão da cidade. Sara Teixeira de Souza, de 35 anos, foi morta com sete golpes de faca, no bairro Ibituruna, considerado de classe média-alta. Segundo a PM, a jovem morava sozinha e estava no sexto período do curso de medicina na Faculdade Pitágoras, que fica em frente ao apartamento onde o crime aconteceu.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, que trabalha como vendedor, foi detido poucas horas após o homicídio, na rodoviária de Montes Claros, no bairro Cidade Nova, mas negou que estivesse fugindo.

“Logo de manhã ele passou sujo de sangue na rua Elvira Durães, no bairro Vila Guilhermina, sentido rodoviária”, disse um morador do bairro à reportagem de O TEMPO. Segundo ele, os vizinhos desconfiaram e chamaram a polícia. “A PM disse que ele tinha assassinado uma pessoa e que já estavam atrás dele”, contou.

Na delegacia, o suspeito confessou que esfaqueou a vítima depois de uma discussão, porque teria visto a estudante com outro homem, mas essa informação não foi confirmada. Ele disse também que estava sob o efeito de entorpecentes e remédios de uso controlado e que não lembra detalhes do que fez. A perícia esteve no apartamento de Sara e recolheu a faca usada no crime. Vizinhos da estudante contaram à Polícia Militar que o suspeito era muito ciumento.

O delegado que está com o caso, Bruno Silveira de Faria, constatou que havia uma medida protetiva pedida pela vítima contra o homem desde fevereiro deste ano. Para ele, a versão do ex-modelo de que teria cometido o crime em um surto não é verdadeira. "O crime foi premeditado, uma vez que ele pediu um mototáxi para levá-lo à casa da vítima e pediu ao motorista que aguardasse ele voltar", disse o policial. O taxista teria se negado a levar o suspeito ao vê-lo sujo de sangue após cometer o crime. 

Ele deve ser autuado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por não oferecer resistência à vítima (que não teve como se proteger). Segundo a PM, o suspeito já tinha passagens pela polícia por porte ilegal de armas e uso de drogas. Além disso, outras duas ocorrências de ameaça contra duas mulheres diferentes, uma em 2010 e outra em 2011, já foram registradas na polícia.

Vítima estava na cidade para estudar

De acordo com a Polícia Militar, Sara era natural de Porteirinha, a 160 km de Montes Claros, e morava na cidade para estudar. Os pais da estudante foram comunicados sobre o crime pela corporação e, até o fim da manhã, ainda estavam a caminho de Montes Claros. O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML).


“Ela era uma pessoa superalto-astral, inteligente. Não merecia morrer dessa forma, é um momento muito triste”, disse uma amiga da estudante, que preferiu não ter o nome revelado. Segundo a amiga, Sara tinha uma filha, de 15 anos, que não morava com ela.

Atualizada às 19h18

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