Um grupo de alunos da Escola Estadual Governador Milton Campos, mais conhecida como Estadual Central, ocuparam o interior da instituição de ensino e levantaram acampamento no local na manhã desta quinta-feira (6). O objetivo é protestar contra a medida provisória que reestrutura e flexibiliza o ensino médio no país e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos do governo nos próximos 20 anos. A ação dos alunos é apoiada pela direção do colégio.
A presidente do Grêmio Estudantil da Escola, Daniela Moura, de 16 anos, afirma que os estudantes vão manter a ocupação até o governo Michel Temer (PMDB) desistir da reforma do Ensino Médio por meio de Medida Provisória. "Nós somos contra esse modelo de reforma do Ensino Médio. Ela traz prejuízos aumentando a carga horária e retirando a obrigatoriedade de aulas de sociologia, artes, que são importantes para formação do senso crítico do jovem. Além disso não houve nenhuma discussão com os estudantes e professores, antes do envio da MP", afirmou.
A estudante explica que a ocupação não afeta as aulas, já que os alunos continuaram frequentando as turmas e o movimento não traz prejuízos ao funcionamento da unidade. "Vamos ficar aqui dia e noite até que o governo recue", finalizou.
O vice diretor do Estadual Central, João Braga, destaca que o movimento é pacífico e que a escola tem dado apoio para os alunos. "O movimento não interfere nas aulas e estamos garantindo aos alunos acesso aos banheiros e bebedouros em todos os horários. Disponibilizamos chuveiros para que possam tomar banho e fizemos um esquema de segurança no período noturno", explicou.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou estar acompanhando a movimentação dos estudantes, juntamente com a direção da unidade.
A pasta explicou que o movimento está ocorrendo com tranquilidade, sem alterar o funcionamento normal das atividades escolares. "A Secretaria de Educação salienta que respeita e incentiva mobilizações da juventude", disse a nota.
Em todo Brasil são 26 escolas ocupadas contra a reforma do Ensino Médio, essa é a primeira ocupação em Minas