Operação

Exército brasileiro já está em Raposos para ajudar no combate à dengue

Ação vai ser realizada por 12 militares do Exército e seis agentes municipais, que acompanharão os trabalhos; ideia é que os trabalhos durem até a sexta-feira (29)

Por Nathália Lacerda
Publicado em 25 de janeiro de 2016 | 09:50
 
 
 
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Militares do 12º Batalhão de Infantaria do Exército já estão em Raposos, na região metropolitana de Belo Horizonte, para ajudar no combate ao Aedes aegypti. O mosquito é transmissor da dengue, zika e chikungunya. O município tem 720 casos notificados só de dengue, sendo 210 confirmados.

A ação executada por 12 militares do Exército com acompanhamento de seis agentes municipais, começou na manhã desta segunda-feira (25) e seguirá até a sexta-feira (29) das 8h às 16h. A expectativa do Exército é visitar 2.000 casas até sexta. "Vamos cumprir um planejamento que foi feito junto com a prefeitura. Vamos cobrir alguns bairros que tem maior prognóstico de dengue. Estamos batendo de casa em casa, identificando os focos e suprimindo-os. Além disso, vamos passar informações para a população para o combate ao mosquito", disse o capitão Victor Faria do 12° Batalhão de infantaria da capital.

Segundo ele, Raposos é a primeira cidade de Minas Gerais que recebeu ajuda do exército. "Foi a única solicitação remetida a 4ª região militar, em Belo Horizonte". Ainda conforme o capitão, a ida a Raposos se deu em caráter emergencial por causa  do decreto de situação de emergência. Os municípios que desejarem a presença do Exército devem entrar em contato com a Defesa Civil do Estado que fará contato com a União.

Em nota, a prefeitura de Raposos informou que o trabalho será realizado através de orientações e checagem nas casas, além de aplicação de larvicida.

Dados

Raposos tem 16 mil habitantes e 5.500 casas, segundo informações do prefeito Carlos Alberto Coelho (PSL). Em 2014, a cidade registrou 12 casos de dengue confirmados. Em 2015 até hoje já  são 728 casos notificados, sendo 189 confirmados. Por isso o prefeito decretou situação  de emergência.

"A nossa estrutura física não aguenta mais. Nós decretamos situação de emergência no município. Com esse decreto pude ter um apoio maior. Apesar das pessoas saberem que não podem deixar água parada, elas ainda insistem em agir dessa forma. E tem morador que dificulta a entrada dos agentes na residência. Esse foi o motivo. Pretendemos visitar todos os bairros. Desde o fim de semana estamos avisando a população da vinda do Exército. As pessoas estão assustadas".

O líder do executivo municipal afirma que há focos do mosquito em toda cidade. "Tem dias que o posto recebe 80 pacientes. A capacidade é para 20. O Estado tem fornecido o veneno para matar a larva e os panfletos para campanha", disse. O decreto foi feito há 35 dias.

Atualizada às 11h32

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