A família da escrivã Rafaela Drumond conseguiu ter acesso ao celular da jovem. O aparelho estava sob custódia da polícia desde junho deste ano, após Rafaela ser encontrada morta em sua casa em Antônio Carlos, na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais.
O pai, Aldair Drumond, havia solicitado à Justiça o direito de acessar o telefone, usado no inquérito policial que investigou o caso. “É um grande apreço emocional para a família. Estamos emocionados”, afirmou. Ele também cogita fazer uma nova perícia no aparelho.
“Eu, como pai, pretendo fazer uma perícia paralela para ver se achamos alguma coisa que talvez não possa ter sido periciada pela corregedoria [da Polícia Civil]. Mas é uma iniciativa minha, não dos meus advogados. É muito triste. Perder minha filha é a pior dor que pode sentir na face da terra”, lamentou o pai de Rafaela.
A morte da escrivã Rafaela Drumond chocou a comunidade e trouxe à tona questões sobre saúde mental e bem-estar entre os membros da força policial.
O aparelho celular da escrivã foi um dos materiais apreendidos pela equipe de investigação. No equipamento, estariam armazenados vídeos e áudios que podem servir como provas para os supostos casos de assédio que teriam sido cometidos contra a escrivã.
Decisão da Justiça
Há cerca de uma semana, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e arquivou o inquérito policial que investigava a morte da escrivã Rafaela Drumond. Com isso, o investigador Celso Trindade de Andrade foi inocentado.
Já no que diz respeito ao delegado Itamar Cláudio Netto, cujo caso o MPMG apontava como omissão, a decisão foi de que a Justiça de Carandaí não seria competente para o julgamento da questão. Por isso, o caso foi transferido para o Juizado Especial Criminal. O órgão é responsável por infrações cujo potencial ofensivo é menor.