O mandante e o executor dos disparos contra a casa do pai do prefeito de Prata, no Triângulo Mineiro, ocorridos em maio de 2021, foram presos na última segunda-feira (24) pela Polícia Civil (PC). O crime teria sido ordenado como represália após a Prefeitura do município não prorrogar um contrato com um dos suspeitos.
Na ocasião, o imóvel do pai de Marcel Vieira Rodrigues da Cunha, que é conhecido como "Xexéu" (PP), foi atingida por cinco disparos de arma de fogo na madrugada do dia 7 de maio. além dos tiros, no local foi deixada uma carta com ameças ao chefe do executivo municipal e familiares dele.
Após a investigação, foram presos o mandante do crime, um homem de 48 anos, e o executor, de 36. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.
De acordo com o delegado Carlos Antônio Fernandes, lotado na Delegacia Regional em Ituiutaba, logo no início das apurações foi descoberto que a motivação do crime estava ligada à negativa da prefeitura em prorrogar um contrato de locação de um imóvel que pertence ao mandante.
“Mas nós tínhamos que trazer isso para os autos do inquérito policial. Então representamos pela quebra de sigilos telefônico e telemático e identificamos a participação de mais duas pessoas. Conseguimos demonstrar que elas estiveram juntas antes, no momento e posteriormente ao crime”, descreve o delegado.
O envolvimento de um adolescente no crime ainda é apurado pela PC.
Enquanto a investigação se desenrolava, em novembro de 2021, o suspeito de efetuar os disparos acabou detido por um crime parecido, quando ele atirou contra uma concessionária. Na ocasião, a arma de fogo do home macabou apreendida.
“Contamos com o apoio irrestrito do Posto de Perícia Integrado de Uberlândia e conseguimos comparar os fragmentos de projéteis disparados na casa da vítima [pais do prefeito] com aqueles propelidos pela arma de fogo apreendida, concluindo se tratar da mesma arma”, conta Fernandes.
Durante o cumprimento de buscas, os policiais civis apreenderam vestimentas e aparelhos celulares, que serão periciados e poderão trazer novas informações ao inquérito.