Ipatinga

Funcionário morre atropelado após ajudar a controlar pânico na Usiminas

Ao sair da siderúrgica, vítima de 37 anos foi atropelado por um motociclista com sinais de embriaguez

Por Pedro Ferreira
Publicado em 10 de agosto de 2018 | 22:18
 
 
 
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Um funcionário da Usiminas ajudou o controlar o pânico na hora da explosão e retirou todos os colegas da área de risco, mas outro risco o esperava na rua, do lado de fora.

Quando tudo já estava sob controle, o encarregado de campo, de 37 anos, foi liberado para ir para casa e foi atropelado por um motociclista  com suspeita de embriaguez,  assim que deixou a portaria 5 da empresa, de bicicleta.

A vítima foi socorrida no Hospital Márcio Cunha,  mas não resistiu e morreu. O motociclista foi preso e levado para a delegacia.
O coordenador de operações Hugo Alexandre de Oliveira, de 31 anos, ajudou a vítima a levar os colegas para um local seguro.

"Depois que ele foi liberado para ir embora, ele pegou a bicicleta dele para ir para casa. Com o transito na portaria central estava interditado,  ele buscou um trajeto mais tranquilo. Assim que passou pela portaria, um motociclista com suspeita de embriaguez atropelou ele com a bicicleta na rua", conta o colega,  sem conseguir conter as lágrimas.

"Ele sempre saía pela portaria Central. Trabalhei com ele 10 anos , dois meses e cinco dias", chorou.

O homem era casado e deixou duas filhas de 9 e 4 anos. "São muito apegadas ao pai", lamentou uma colega de trabalho. "Ele tinha muitos sonhos. Acabaria de construir a casa dele no final do ano", comentou Hugo. "Estava todo feliz por isso", chorou.

O supervisor de manutenção Wagner Vieira Silva, de 29 anos, também trabalhou com a vítima até o último colega ser levado para um local seguro dentro da Usiminas.

"É muito triste. A gente já estava acalmado com tudo que aconteceue agora essa notícia triste. Ele era uma pessoa especial para todo mundo. Só vai deixar lembrança boa. A situação poderia estar feia que ele era a pessoa mais calma do mundo e trazia tranquilidade. Para a gente, só vai deixar muita saudade. Ele tirou muita gente da área de risco e o perigo estava esperando por ele na rua. Ele tinha muitas vitórias pela frente, mas acredito que Deus quis ele lá ", lamentou Wagner.

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