Funcionários do HPS paralisam atividades até quinta 

Os funcionários do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), na capital, prometem paralisar os trabalhos desta terça até quinta-feira em protesto contra a sobrecarga de trabalho. Além de não realizarem os atendimentos, eles vão se reunir em uma manifestação marcada para às 8h, em frente a unidade, na avenida Alfredo Balena, na área hospitalar.

A paralisação foi convocada pela Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg), que inclui enfermeiros, técnicos em enfermagem e demais profissionais da saúde, mas exclui os médicos. Eles reclamam das condições atuais de trabalho e do não cumprimento do acordo feito com o governo do Estado, em maio, para por fim a greve. Na época, foi prometido o aumento de R$ 190 parcelado em quatro vezes, além da redução da carga horária de trabalho de 40 para 30 horas semanais.

Segundo a Asthemg, a redução não foi feita e o governo não estaria disposto a realizar a diminuição da carga horária de trabalho nem mesmo com redução proporcional de salário. O setor de enfermagem já havia iniciado a campanha no ambulatório do HPS, em protesto contra a superlotação e sobrecarga de trabalho. Os funcionários chegaram a se recusar a trabalhar com o setor lotado e com quadro de funcionários insuficiente.

A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), está com processo seletivo aberto para contratação de 14 novos técnicos de enfermagem, que iriam começar a trabalhar em fevereiro do ano que vem. A Asthemg considera o número muito pequeno para resolver a sobrecarga de trabalho.

Greve. Além da paralisação de três dias, a categoria vai se reunir em assembleia para decidir se entram em greve novamente. De abril a maio, eles mantiveram uma greve por 40 dias. Procurada pela reportagem na tarde desta segunda, a Fhemig não atendeu às ligações.