Vale do Rio Doce

Governador Valadares bloqueia leitos de UTI Covid por falta de medicamentos

Cinco unidades foram bloqueadas temporariamente no Hospital Municipal

Por Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2021 | 15:27
 
 
 
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A Prefeitura de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, bloqueou temporariamente, nessa sexta-feira (21), cinco leitos de UTI para pacientes com Covid-19 no Hospital Municipal por falta de medicamentos e insumos para mantê-los em funcionamento. 

“A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG,) assim como a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está sofrendo com o desabastecimento, não conseguindo suprir a necessidade emergencial do município. Contudo, a SMS continua buscando e articulando de maneira mais incisiva nas esferas estadual e federal para que o quanto antes seja regularizada está situação”, justifica o governo municipal, por meio de nota.  

A reportagem questionou a SES-MG e o governo de Valadares sobre quando mais medicamentos devem ser recebidos e como o bloqueio afetará o atendimentos aos pacientes no município e aguarda retorno. 

Também na sexta, a cidade reabriu dois leitos no Hospital Samaritano, que estavam bloqueados. Hoje, o município conta com 53 leitos leitos de UTI públicos: 28 no Hospital Bom Samaritano e 25 no Hospital Municipal. 

A cidade, de 281 mil habitantes, acumula cerca de 25 mil casos de Covid-19 e 1.136 mortes. Embora não tenha aderido ao programa Minas Consciente, a atual situação da pandemia no município o enquadra da onda vermelha, de acordo com o governo estadual. 

Resposta do governo estadual

Questionada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que, nessa sexta-feira, disponibilizou 120 mil medicamentos do "kit intubação" para 127 hospitais, entre eles, o Hospital Municipal de Governador Valadares. 

De acordo com a pasta, a instituição recebeu cerca de 1.000 unidades de atracúrio, o bastante para três dias, e 2.750 unidades e fentanila, o que deve bastar por 15 dias. Os medicamentos são utilizados na intubação de pacientes. 

“Ontem, também foi realizada uma reunião entre a SES-MG, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e a Prefeitura de Governador Valadares para verificar a situação assistencial na cidade e os estoques de medicamentos para sedação. O Governo de Minas tem acompanhado se há um possível aumento de consumo na instituição”, continuou a SES-MG, por meio de nota. 

A SES-MG também afirmou que a competência da aquisição e do controle de estoque de medicamentos é de cada instituição hospitalar e que, no caso dos medicamentos do “kit intubação”, é de responsabilidade federal, estadual e municipal. 

Esta matéria está em atualização.

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