O governo lançou nesta terça-feira (13) um plano de resposta para a prevenção aos incêndios florestais em Minas. Para marcar o lançamento do plano, equipes do Corpo de Bombeiros, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), das Polícias Militar e Civil e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) participaram de um treinamento de combate a queimada no Parque Estadual da serra do Rola Moça, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Neste ano, serão investidos R$ 40 milhões nas ações.
Especialistas revelam que este ano o período de estiagem no Estado promete ser mais longo. Por consequência, com a seca se torna mais frequente a ocorrência de queimadas nas áreas de mata – unidades de conservação, parques estaduais e monumentos naturais. Dados do governo corroboram com a afirmativa. O Estado registrou 165 ocorrências de incêndios florestais em unidades de conservação estaduais entre 1º de janeiro e 12 de julho. Do total, 96 ocorreram no interior das unidades e 69 em seus entornos, resultando em mais de 2,6 mil hectares de área queimada. A média histórica de incêndios entre janeiro e julho de 2013 a 2020 é de 164 ocorrências.
Segundo a Secretária da do Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marília Melo, o plano de prevenção possui dois vieses, o do reforço e o do combate. O reforço se caracteriza na intensificação de ações informativas para coibir práticas que causem risco à vida e saúde das pessoas como, soltar balões em áreas de mata e atear fogo em lixo. No que se refere ao combate às chamas, a partir do mês de agosto será aumentado o número de brigadistas de 115 para 367. A equipe também contará com oito aviões de lançamento de água. “Vamos reforçar os trabalhos já realizados vamos quase que triplicar o número de brigadistas. Além disso, vamos investir ainda mais em conservação e conscientização por meio de campanhas explicativas e educativas”, detalhou Marília.
Estiagem
Segundo o meteorologista do Clima Tempo, Ruibran dos Reis, o período de estiagem tende ir de abril a setembro. No entanto, neste ano, o esperado é que o período de chuvas significativas chegue somente em novembro. “Já estamos quase 100 dias sem chuvas. É bom lembrar que as chuvas significativas responsáveis em molhar o solo e chegar até o lençol freático estão previstas para novembro na capital mineira e em algumas regiões. No norte, nordeste e leste de Minas, as chuvas significativas estão previstas somente para dezembro”, detalhou.
O especialista ainda lembrou, que neste ano podemos passar ainda por escassez hídrica. Segundo ele, desde 2020, Minas possui um déficit de chuvas . “As chuvas ocorridas entre outubro de 2020 e março de 2021 ficaram abaixo do esperado em quase todo território mineiro. Em escala mensal, apenas em outubro e fevereiro as chuvas alcançaram valores acima do esperado. Nos demais meses da estação chuvosa, não ocorreram chuvas substanciais, por isso, podemos sofrer com escassez de água”, avaliou.
Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros elaborou um plano de enfrentamento ao período de estiagem, com vigência até setembro, com ações voltadas aos municípios, setores privados e a população. A iniciativa visa mapear os locais de maior incidência de incêndios e maior potencial de avanço dos focos. “O período de estiagem é esperado em todos os anos. Faz parte do nosso clima. Entretanto, medidas para combater os males da estiagem são essenciais, como campanhas de combate às queimadas e ações efetivas de combate aos focos de incêndio. Vale ressaltar que a preservação de nascentes e das áreas verdes também são importantes para minimizar os impactos da estiagem”, avaliou o professor de Hidrologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Nilo de Oliveira Nascimento.
Ligue
Em caso de queimadas, basta entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo 193