tráfico de drogas

Grupo suspeito de integrar facção criminosa é preso em BH

A ação cumpriu quatro mandados de prisão e outros quatro de busca e apreensão na região Nordeste da capital

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 03 de maio de 2024 | 07:58
 
 
 
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Quatro suspeitos de integrar uma organização criminosa atuante na região Nordeste de Belo Horizonte foram presos durante uma operação da Polícia Civil (PCMG) nessa quinta-feira (2 de maio). A ação cumpriu quatro mandados de prisão e outros quatro de busca e apreensão. 

Os alvos da operação eram residências nos bairros Concórdia e Renascença, região Nordeste da capital. Na localidade, a Polícia Civil identificou uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas e que exercia controle na região por meio de terror e uso de armas de fogo de grosso calibre.

Quatro investigados, com idades entre 18 e 24 anos, foram presos. Um deles foi surpreendido pela polícia durante a ação portando uma metralhadora de fabricação artesanal com carregador estendido.

O delegado responsável pela operação, Davi Moraes Pinto, conta que a população vivia com temor devido a presença da organização criminosa. “Os investigados utilizavam armas de grosso calibre e existia uma tensão em relação ao controle do narcotráfico na localidade. Por isso, os moradores viviam temerosos com os conflitos provocados por essa situação, envolvendo armas que potencializam esse perigo”, enfatizou.

Também foram apreendidos diversos materiais utilizados para o tráfico de drogas, dentre eles embalagens plásticas, balança de precisão, máquina de cartão, maconha, crack, cocaína e celulares.

Cultivo de maconha 

A ação na região Nordeste da capital integra uma série de operações da PCMG para repressão ao tráfico de drogas. Na última terça-feira (30 de abril), um homem de 48 anos foi preso em flagrante por cultivar maconha em sua residência, localizada em um condomínio, na cidade de Rio Acima, na região metropolitana.

De acordo com o delegado Fernando Thomaz, titular da 1º Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, os trabalhos em Rio Acima foram realizados para apurar informações repassadas à equipe de que em condomínio haveria o plantio de maconha. Os levantamentos indicam que, além do comércio da droga em gramas, no local era produzido THC na condição de óleo para uso em cigarros eletrônicos e como medicação.

“Verificamos, inclusive, que o plantio da maconha era separado por espécies”, informa o delegado ao completar que até mesmo a casa de boneca da filha do investigado, que ficava no quintal da casa, estava sendo utilizada para “secagem” das drogas.

Em relação ao óleo, o delegado informa que a produção era feita sem controle pelos órgãos competentes ou por profissional habilitado. “Isso é uma coisa que nos preocupa, porque toda medicação tem que ter controle da Anvisa. E as pessoas podem estar aproveitando um preço mais em conta para medicar filhos, pessoas idosas, ou utilizar a desculpa de tratamento homeopático para utilização em cigarros eletrônicos para consumo da droga mesmo”, pontua.

No local, foram apreendidos pés de maconha de diversas espécies, além de artefatos para produção e armazenamento da droga; óleo de cannabis sativa e apetrechos para extração do óleo; objetos que faziam parte do funcionamento da estufa; e aparelhos eletrônicos. O delegado completa que os policiais também observaram, em anotações, a venda da droga por gramas, com alguns nomes, referente à maconha em si. As investigações prosseguem.

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