Luto

Há um mês, sargento da PM era baleado por foragido de saidinha em BH

Roger Dias foi atingido à queima-roupa durante uma perseguição policial no bairro Novo Aarão Reis, região Norte da capital mineira

Por O TEMPO
Publicado em 05 de fevereiro de 2024 | 20:24
 
 
 
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A ocorrência que levou à morte do sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar, completou um mês nesta segunda-feira (5 de fevereiro). O policial foi baleado aos 29 anos durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, região Norte de Belo Horizonte, em 5 de janeiro. Dois dias depois, em 7 de janeiro, teve a morte cerebral informada. O autor do crime estava foragido da Justiça, após não retornar da saída temporária de fim de ano.

O assassinato do sargento gerou debates sobre o direito da “saidinha”, benefício que permite que detentos deixem a prisão temporariamente em certos períodos, como feriados e datas comemorativas. No enterro do militar, houve manifestações e protestos contra esse direito.

Na última quinta-feira (1º de fevereiro), a Justiça de Minas Gerais negou mais um pedido de soltura do homem de 26 anos, acusado de matar o sargento Roger Dias. Com isso, ele segue detido no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital.

A audiência realizada não foi relacionada ao assassinato do sargento, mas, sim, a outro processo criminal. No fim do mês, a Justiça também havia negado um pedido de liberdade, apresentado pela defesa do homem. Essa sim, uma repercussão relacionada ao assassinato do policial.

Morte

O sargento Roger Dias da Cunha, que é pai de uma criança de 6 meses, estava na Polícia Militar há cerca de dez anos. Em 5 de janeiro, o policial e outros militares do 13º Batalhão perseguiram dois criminosos que fugiam de carro pela avenida Risoleta Neves. Durante a fuga, a dupla perdeu o controle do veículo e bateu em um poste.

Um deles foi alcançado pelo sargento. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do homem e dá ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial.

O militar foi velado e enterrado no cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte. Durante o enterro, a viúva do militar disse que vai guardar a bandeira usada para cobrir o caixão para a filha do casal, de apenas 5 meses. “Mostrar para ela o herói que o pai dela foi”, afirmou.

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