Contagem

Homem não aceita pagar R$ 950 em programa sexual, agride trans e é preso

Cliente alega que pagou R$ 200 pela relação, mas valor aumentou devido aos serviços adicionais

Por Carolina Caetano
Publicado em 28 de outubro de 2019 | 13:53
 
 
 
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Uma desacordo envolvendo valores de um programa sexual, no valor de R$ 950, virou caso de polícia em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (28). Um homem de 39 anos foi preso após agredir uma transexual e invadir uma casa ao tentar fugir. 

"Acionados pelo Copom, deslocamos ate o bairro Maracanã e, chegando ao local, nos deparamos com um homossexual alegando que tinha feito um programa com esse outro cidadão e não foi pago. Inconformado de não ter recebido o valor, o homossexual veio a danificar partes do veículo desse cidadão. Esse motorista, como escape, entrou em uma residência que estava com o portão aberto. Sobretudo, ele ficou escondido no imóvel até a nossa chegada", explicou o Wellington Marques, da 133ª Companhia do 18º Batalhão de Polícia Militar.

À polícia, o homem afirmou que contratou o programa na praça dos Trabalhadores, no bairro Cidade Industrial, pelo valor de R$ 200. No entanto, a transexual solicitou uma quantia maior devido aos serviços adicionais durante o ato sexual. 

Desacerto

Com 18 anos, a transexual Bruna contou à reportagem de O TEMPO que faz programa há dois anos, e que o desacordo entre ela e o cliente teve início quando ela não aceitou algumas propostas feitas por ele.

"Eu estava trabalhando como sempre, no meu direito, quando ele chegou. Combinamos de ir para ao drive-in para uma pernoite. No que eu combinei com ele, eu seria passiva, mas ele ele queria ser a passiva, mas eu não faço a linha ativa porque eu não gosto. Estávamos dentro do quarto e ele me oferecendo drogas, mas eu não usei. O preço inicial era de R$ 400 o programa, mas ele comprou um vibrador no drive-in e o valor foi para R$ 950 para que o sexo ocorresse do jeito que ele queria", detalhou a jovem.

Segundo ela, ao sair do drive-in e chegar na porta da casa dela, o cliente não pagou a quantia combinada e começou a agredi-la com socos na boca.

"Ele quebrou meu aparelho, rasgou minha boca. Eu estava com 900 gramas de cabelo, mas ele arrancou quase tudo. Aí ele começou a pedir socorro se fazendo de vítima", afirmou a jovem.

Bruna afirma que danificou o carro, mas não agrediu ou roubou o cliente. "Eu estou passada por ele ser um homem casado e ter três filhos. Chegar em uma rua de prostituição, pegar uma trans e fazer uma covardia dessa. Eu acho um absurdo. Ou ele vira homem ou coloca uma calcinha e vai se destacar no mesmo lugar que eu fico", finalizou.

O homem não quis conversar com a reportagem. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Contagem.

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