Orla da Lagoa

Ibama já autorizou a retirada das capivaras da Pampulha

Por enquanto a empresa contratada pela Prefeitura de BH fará apenas um procedimento para concentrar os animais em apenas um local

Por Johnatan Castro
Publicado em 03 de setembro de 2014 | 15:43
 
 
 
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A retirada das capivaras da orla da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foi autorizada, na manhã desta quarta-feira (3), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com isso, a prefeitura da capital e a Equalis Ambiental poderão fazer os manejo dos cerca de 250 animais que habitam a região. O local que acolherá os roedores, no entanto, ainda não foi definido.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a captura só começará após a construção de piquetes onde os animais ficarão confinados durante a realização de exames que investigarão a saúde dos roedores. As análises detectarão, por exemplo, se eles estão contaminados por febre maculosa. Os exames são uma exigência do próprio Ibama.

Um cronograma contendo todas as etapas do plano de manejo – que inclui desde o confinamento até a remoção definitiva dos bichos - ainda será desenvolvido pela prefeitura, pela Equalis Ambiental e por outros setores da administração municipal, como a Secretaria Municipal de Saúde.

Enquanto a retirada não acontece, técnicos da empresa de manejo já poderão começar o chamado processo de ceva. Nessa fase, alimentos são distribuídos aos bichos em apenas um ponto da orla da lagoa. Acostumados com a comida, os animais passarão a se concentrar apenas naquele local, facilitando a captura.

De acordo com o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, a captura é fundamental para avaliar a saúde de todas as capivaras do entorno da Pampulha, além de garantir segurança à população e aos animais. “Agora, com a autorização por parte do Ibama, iniciaremos os trabalhos de captura e recolhimento das capivaras e dos carrapatos para exames. Seguiremos o protocolo definido por técnicos e especialistas para a avaliação das capivaras que por ventura estejam doentes, e para destinação a um local mais apropriado ao seu habitat natural”, afirmou.

Relembre

A Equalis Ambiental foi contratada no dia 31 de março deste ano pela Secretaria Municipal de Saúde para remover e tratar as capivaras que vivem na orla da lagoa da Pampulha. O trabalho vai custar R$ 182 mil.

A capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela, que transmite a febre maculosa aos homens e por isso a prefeitura tem trabalhado em um plano para retirar os animais que vivem na orla da Pampulha. A doença provoca febre alta, dores no corpo e na cabeça, falta de apetite, desânimo e manchas vermelhas na pele.

Em fevereiro último, um jovem de 20 anos morreu após contrair a doença. A família do rapaz disse que ele adoeceu após um passeio pela orla.

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