Uberlândia

Idoso é suspeito de matar mulher e esconder arma em travesseiro

Um dos filhos do casal encontrou o revólver calibre 38; homem alegou, inicialmente, que vítima tinha morrido de morte natural

Por Fernanda Viegas
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 | 09:59
 
 
 
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Um idoso de 71 anos foi preso após a polícia suspeitar de que ele teria matado a mulher, morte que inicialmente estava sendo considerada como suicídio. O fato aconteceu em Uberlândia, na região do Triângulo, no último fim de semana.

O homem alegou à Polícia Militar (PM) que tinha saído de casa, na rua Marcos Alves Barbosa, no bairro Santa Luzia, e que quando voltou, foi ver a mulher, Elaine Maria de Souza Camargo, 55, no quarto, encontrando-a sem vida, deitada em cima da cama, com o rosto ensanguentado.

Ele chamou um dos filhos para a residência e também uma funerária, que levou o corpo para uma unidade de saúde e depois para o necrotério. Segundo o idoso, os funcionários da funerária teriam dito a ele que a causa da morte foi uma úlcera que teria estourado e, por isso, a grande quantidade de sangue. Ele garantiu ter pensado ser morte natural.

Ainda, o homem informou que a mulher era depressiva, fazia uso de remédio controlado e realizava acompanhamento com psiquiatra. 

As pessoas que moravam na residência contaram à Polícia Militar que o casal não brigava muito e que não ouviram barulho de tiro. Contudo, a causa provável da morte foi tiro, segundo análises preliminares no corpo de Elaine, no necrotério.

Durante levantamento das informações na casa da família, a polícia teve ciência de que uma arma foi encontrada debaixo de um travesseiro, por um filho do casal, de 34 anos. Ele afirmou ter escondido o revólver calibre 38, com medo de o pai tentar contra a própria vida.

Diante das informações desconexas, o idoso foi encaminhado para delegacia para prestar esclarecimentos.

À Polícia Civil, o idoso afirmou não ter matado a mulher, alegando que ela teve morte natural, por hemorragia e que, por isso, chamou a funerária ao invés da polícia.

Ainda, conforme a Polícia Civil, o homem disse que os funcionários da funerária levaram o corpo para uma unidade de saúde e depois para o Instituto Médico Legal (IML), para ser identificada a causa da morte. Durante os exames, porém, foi encontrado um projétil na cabeça dela, o que levantou a suspeita de homicídio.

Questionado, o homem mudou a versão, dizendo que a mulher suicidou. O filho dele, que também foi interrogado, falou que a mãe se matou. O delegado considerou que as declarações apresentavam contradições e por isso ratificou a prisão, encaminhando o idoso para uma unidade prisional.

 

Atualizada às 12h04

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