No fim de janeiro, o ator Paulo Gustavo se apresentou no Palácio das Artes e após o espetáculo criticou a falta de luz no teatro durante a peça e as falhas no ar condicionado. Agora, na última sexta-feira (15), uma situação grave também provocou reclamações sobre o espaço.
A enfermeira Tatiana Lacerda levou quatro idosos da casa de repouso em que ela trabalha para passear no teatro, mas contou ter enfrentado dificuldades sérias para entrar e sair do local. A confusão toda aconteceu porque uma das idosas é cadeirante e precisaria fazer o uso do elevador que, segundo a enfermeira, não estava funcionando no dia.
Apesar da dificuldade enfrentada logo que chegaram, Tatiana contou à reportagem que os seguranças a ajudaram a levar a idosa à Sala Juvenal Dias, onde aconteceria a apresentação que foram assistir.
No entanto, quando a peça acabou, Tatiana afirma que foi obrigada a empurrar a idosa por uma rampa enorme sem acesso adequado para pessoas com mobilidade reduzida.
"Na hora de ir embora, os seguranças me falaram que não tinham como me ajudar a tirá-la de lá e que eu teria que empurrar a cadeira por uma subida enorme e cheia de pedrinhas que sai pela lateral do Palácio e cai na avenida Afonso Pena. Ninguém ofereceu ajuda", desabafou a enfermeira.
Resposta
Procurada pela reportagem, a Fundação Clóvis Salgado afirmou em nota que "lamenta profundamente os transtornos que possam ter ocorrido com a impossibilidade de uso da plataforma de acessibilidade", mas esclareceu que o equipamento está em perfeito funcionamento, de acordo com uma vistoria realizada no dia 3 de janeiro.
A assessoria informou ainda que, em relação às reclamações da enfermeira, não consta nos registros nenhuma falha no elevador na data informada, mas que a empresa responsável pela manutenção já foi acionada para verificar se houve alguma falha.
O Programa Nacional de Acessibilidade entende como obrigatória a existência de elevadores para pessoas com mobilidade reduzida em edifícios de uso público ou de uso coletivo, como teatros e repartições.