Integrantes de facção criminosa do interior de MG resistem à prisão e ferem PM's

Três jovens que seriam integrantes da facção criminosa Primeiro Comando do Betel (PCB), de Aimorés, na região do Rio Doce, resistiram à prisão após serem flagrados com drogas e acabaram ferindo policiais militares e danificaram a viatura durante uma tentativa de fuga. O caso foi registrado neste domingo (7 de maio) e terminou com a prisão dos suspeitos de 18, 22 e 25 anos, sendo que o mais novo deles seria um dos líderes da quadrilha.

De acordo com a Polícia Militar (PM) da cidade, eles faziam patrulhamento no bairro Betel quando visualizaram um suspeito entrando em um beco conhecido pelo comércio de drogas. A pé, os militares iniciaram o rastreamento, localizando os suspeitos sobre o terraço de uma casa em construção.

No terraço foi localizada uma bucha de maconha e, no terreno baldio ao lado, os policiais encontraram nove pinos de cocaína, duas pedras de crack R$ 924 em dinheiro. Ainda conforme a PM, as drogas achadas no lote vago estavam em uma "linha reta imaginária", o que indicava que os criminosos arremessaram os materiais ao verem a chegada dos policiais.

Tentativa de fuga

Após receberem a voz de prisão em flagrante, os três suspeitos passaram então a gritar por socorro, tentando inflamar os moradores do local para conseguirem fugir. Ao serem colocados na viatura, dois deles ainda passaram a chutar o "cofre" - compartimento onde ficam os presos -, para impedir que ele fosse fechado, conseguindo sair da viatura e forçando os policiais a usarem de força e de spray de pimenta para contê-los. 

Por conta dos chutes dados pela dupla, um sargento e um soldado da PM acabaram sofrendo ferimentos, assim como um dos presos, que acabaram sendo levados para o Hospital São Camilo para receberem atendimento.

Os suspeitos também quebraram os celulares para tentar evitar que a polícia acessasse os conteúdos dos aparelhos. Os telefones acabaram apreendidos e passarão por perícia da Polícia Civil, que investigará o caso.

Líder da facção

De acordo com a polícia, o local onde as prisões aconteceram é dominado pela facção PCB, que tem como "um dos seus membros mais atuantes" o jovem de 18 anos que acabou de completar a maioridade.

Apesar de jovem, o suspeito acumula pelo menos nove registros policiais, sendo os mais recentes de quando ainda era menor, tendo, inclusive, sido alvo de operação do Gaeco, unidade especializada do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).