Uma bebê de apenas dez meses teve o fêmur e o tornozelo fraturados depois que foi jogada no chão pelo padrasto na cidade de Joaíma, no Norte de Minas Gerais.
O suspeito, de 29 anos, confessou o crime nesta terça-feira (23) e disse que estava assistindo um jogo de futebol quando se irritou com o choro da menina. Ele alega que o barulho o atrapalhou a acompanhar a partida, ele ficou nervoso e jogou a menina no chão.
Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu no último dia 17 de abril, mas só foi denunciado nesta terça. No último dia 17, o bebê foi levado ao Hospital Municipal de Joaíma pela mãe e pelo padrasto. Eles disseram que a criança tinha caído da cama.
No entanto, os funcionários da unidade da saúde desconfiaram da versão do casal devido as fraturas que a criança tinha no corpo e hematomas na barriga e nesta terça resolveram acionar a Polícia Militar.
O padrasto confessou que jogou a criança no chão ao se irritar com o choro dela. A mãe disse que não sabia da agressão. Os dois foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Joaíma onde deram a mesma versão para o delegado Thiago Megale Giovane. O suspeito não ficou preso por não ter mais flagrante, mas um inquérito para investigar o crime foi aberto.
"Essa investigação é prioritária e diligências já estão sendo feitas. Estou aguardando o auto de corpo e delito para saber a gravidade das agressões à vítima. Queremos saber se ele além de jogar a criança no chão ou se teve também algum tipo de agressão. Isso vai definir por qual crime ele será indiciado", explicou o delegado.
Ainda de acordo com Thiago Megale a mãe a princípio não tem envolvimento no crime. No entanto será apurado se ela participou da agressão a filha ou se foi omissa quando o padastro jogou a menina no chão. Ela disse ao delegado que não presenciou a queda da filha.
Criança ficará com o pai biológico
A menina de apenas dez meses continua internada no Hospital Municipal e seu estado de saúde é estável. Avaliações são feitas para saber se a criança terá que passar por alguma cirurgia por conta das fraturas.
O conselho Tutelar da cidade de Joaíma está acompanhando o caso. "Pedi para que a menina fosse tirada do convívio dos suspeitos e essa medida será adotada pelo Conselho. Já avisei ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Ela ficará com o pai biológico até que o caso seja resolvido", disse o delegado.
Agressões constantes
Funcionários do hospital afirmaram aos policiais militares que essa não foi a primeira vez que a menina foi socorrida para o hospital com ferimentos. Em uma data anterior, não foi precisado quando, a vítima chegou a unidade de saúde com fraturas no braço.
Na época, a mãe e o padastro alegaram também que a menina tinha caído da cama. O homem tem várias passagens pela polícia por crimes contra o patrimônio. A mulher não tem passagens.