Juízes investigados na operação Iniquidade foram afastados, diz TJMG

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou em nota nesta terça-feira (24) que os juízes alvo da operação Iniquidade, que investiga um esquema de fornecimento de créditos de falência a empresários em troca de dinheiro foram afastados dos cargos. Um dos magistrados mencionados foi retirado das funções no 12 de fevereiro de 2019 pelo Órgão Especial do tribunal e, o outro, se aposentou voluntariamente em 20 de agosto de 2012. 

No primeiro caso, o “TJMG reconheceu que esse magistrado havia praticado condutas incompatíveis com o exercício da função judicante”, conforme texto encaminhado à imprensa. 

“(O TJMG) Salienta, por fim, que as medidas que autorizaram as diligências da Polícia Federal foram determinadas por magistrado criminal da própria comarca de Sete Lagoas, nos autos do inquérito policial que lá tramita, com o objetivo de apurar a eventual responsabilidade de todos os envolvidos”, informou o Tribunal. 

Na manhã desta terça, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação e cumpriu 26 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Minas Gerais. Dentre as localidades, estão Belo Horizonte e Sete Lagoas, na região Central do Estado, onde os primeiros indícios das ilegalidades foram encontrados. Houve ainda ações em dois municípios do Espírito Santo. 

Dezoito medidas cautelares foram decretadas contra o grupo suspeito, de acordo com a PF. Uma das punições é de que os investigados se ausentem de comarcas em que residem por um período maior que dez dias ou que façam contato com outros integrantes da quadrilha.