Justiça acata denúncia contra falsa enfermeira que aplicou vacinas contra Covid

A Justiça de Minas Gerais acatou a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra a falsa enfermeira Cláudia Torres de Freitas que aplicou supostas vacinas contra a Covid-19 em empresários de Belo Horizonte de forma clandestina.

Além dela, outras cinco pessoas também foram denunciadas por venda e aplicar o imunizante. A decisão é do juiz Rodrigo Heleno Chaves, no último dia 17 de maio. Conforme a decisão, os denunciados têm dez dias para apresentarem uma resposta a acusação. 

Além da falsa enfermeira, foram denunciados dois filhos dela, o genro, o irmão e o companheiro dela. A mulher vai responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. 

"Os outros réus foram acusados de participação nos crimes por oferecer a vacina, fornecer contas bancárias para os depósitos de valores pagos, arrecadar valores em espécie, transportar a profissional para os locais de vacinação, locar veículos que eram usados nos crimes, identificar bens a serem adquiridos pelo grupo para dissimular as origens dos recursos ilícitos e ocultar a origem do dinheiro", informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). 

A vacinação clandestina ocorreu em março de 2021. Na época, apenas profissionais da saúde e parte dos idosos estavam aptos para vacinar, portanto a vacinação era uma forma de burlar a fila de imunização. 

A falsa enfermeira cobrava R$ 600 pelas doses que foram aplicadas em empresários do setor de transportes em uma garagem do bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte. Segundo as investigações, ela pode ter aplicado soro fisiológico nos empresários.