O futuro do motorista responsável pelo caminhão que esmagou o carro e tirou a vida da psicóloga Ivanilda José Basílio Felisberto, 59, na última segunda-feira (19), em uma rua do bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul da Capital, será decidido nesta quarta-feira (21) em audiência de custódia no Fórum Lafayette. O motorista, um homem de 57 anos, foi preso após ignorar a proibição de circulação de caminhões na rua Professor Aníbal de Matos. Para a Polícia Civil, ele pode responder por homicídio com dolo eventual, por ter consciência do risco de operar a caçamba em via proibida.
Ainda segundo a Polícia Civil, o crime é inafiançável e está sendo investigado. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou que o suspeito foi levado nesta terça-feira (20) para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira. Uma das advogadas que representam o motorista do caminhão, Tamita Rodrigues, afirmou que a audiência de custódia está marcada para às 8h, quando se avaliará se há sustentação para que ele seja mantido na prisão.
Para a defesa, o caso foi uma fatalidade. “O caminhão foi vistoriado na semana passada e os documentos estão em dia. Ele tem mais de 25 anos de experiência no ramo de caçambas. Precisamos apurar os fatos”, comentou. A Polícia Militar informou que os documentos do motorista estavam em dia e que ele não havia ingerido bebidas alcoólicas.
Proibição. Conhecido por ser um dos bairros da capital com o maior número de ruas íngremes, o bairro Santo Antônio tem, ao todo, de acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), dez ruas com proibição total de circulação de caminhões, incluindo a rua onde aconteceu o acidente. Nelas, os caminhões são proibidos de circular em qualquer dia e horário, a não ser quando possuem uma Autorização Especial Para Trânsito de Veículo (AETV), direcionada aos veículos de carga, que têm tonelagem acima do permitido e transportam cargas pesadas, como guindastes e caminhões de mudança. O motorista preso, contudo, não possuía a autorização de circulação no trecho, segundo a BHTrans.