O prefeito Alexandre Kalil comentou, nesta quinta-feira (5), a notificação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que recomenda à prefeitura de Belo Horizonte e ao governo do Estado o cumprimento das medidas de desassoreamento da Lagoa da Pampulha. Kalil falou com a imprensa em entrevista coletiva no Centro de Tecnologia em Vacinas da UFMG.
O chefe do Executivo Municipal disse que a solução dos problemas na preservação da lagoa passa por uma questão jurídica e por ações do Estado. "Nós temos um problema judicial que é a derrubada do Iate (clube)", disse.
"O problema da lagoa é de SLU porque enquanto a gente tiver limpando a lagoa e cidades vizinhas, não por culpa de cidades porque isso é um trabalho do Estado, tiverem jogando cocô na lagoa, é limpeza urbana. Nós temos que limpar, cai mais cocô, tira e cai mais cocô", concluiu o prefeito.
A reportagem procurou o governo de Minas, mas até o momento não houve resposta.
Kalil também citou as ações de seu mandato na manutenção do ponto turístico da cidade. "Não tinha nada lá. A igreja da Pampulha foi reformada no meu mandato. O jardim do Burle Marx não tinha uma planta do Burle Marx. Então chamamos a última aluna que trabalhou com o Burle Marx, e todo projeto original da lagoa foi feito por ela, e está tudo restaurado".
Em conjunto com o MPMG, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Contas de Minas Gerais (MPCMG) determinam uma série de medidas à prefeitura de BH e ao governo de Minas como a retirada de resíduos e lodo do fundo da lagoa e a remoção de vegetação invasora.
De acordo com o MPMG, a notificação orienta também que no prazo de 30 dias seja apresentado plano de ação, fiscalização e monitoramento, de forma detalhada.