Líder de facção criminosa da Bahia é preso no Barreiro

Escondido há cerca de seis anos em Minas Gerais, S. R. B. S., de 40 anos, foi preso nesta quarta-feira (16) no bairro Novo das Indústrias, no Barreiro, em Belo Horizonte. Ele era um dos homens mais procurados da Bahia por ser uma das lideranças da facção criminosa "Raio A", atuante no litoral sul baiano. 

"Em contato com policiais civis da Bahia, eles nos informaram que este indivíduo estava escondido em Belo Horizonte. Após diligências, nós conseguimos chegar na casa onde ele vivia com a mulher, na vila Fidel Castro. O S. é considerado um dos principais líderes dessa organização criminosa denominada "Raio A", que atua em todo sul da Bahia, mas principalmente em Itabuna. É uma organização especializada em tráfico ilícito de entorpecentes e responsável por vários homicídios. Além disso, esse grupo teria ligação com a organização criminosa Comando Vermelha, do Rio de Janeiro", explicou o delegado Marcus Vinicius, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).

No imóvel em que S. estava foram encontradas porções de drogas, cadernos com anotações do tráfico e ele ainda apresentou um documento falso com o nome de "Antônio". 

"Mesmo longe, estando em Belo Horizonte, ele, sendo um dos braços dessa organização, controlava o tráfico de drogas e determinava a execução de homicídios no Sul da Bahia. A gente acredita que ele executa o tráfico aqui na capital, na área em que estava morando. Por essa razão, ele está sendo autuado em flagrante delito pelo crime de tráfico ilícito de entorpecentes e uso de documentos falsos", detalhou o policial. 

Facções baianas

Ainda conforme a polícia, além da Raio A, em território baiano ainda existem as organizações "Raio B" e "DMP", que atuam no Sul do Estado. 

"Todas elas são originárias do sistema carcerário baiano e ligadas ao Comando Vermelho. Trata-se de um grande golpe na criminalidade. Os policiais da Bahia irão comparecer aqui ao Deoesp para que sejam tomadas as providências cabíveis em relação ao território baiano", contou o delegado. 

O homem, que tem ao menos três mandados de prisão por homicídio, não quis conversar com a imprensa. À polícia, ele negou participação na organização criminosa, afirmou que usou o documento falso por causa do mandado de prisão e que saiu da Bahia por problemas com a Justiça do Estado.