CIDADES

Linha Verde pede mais obras

Motoristas querem que intervenções viárias sejam ampliadas para vias de acesso ao novo corredor de trânsito.

Por ERNESTO BRAGA
Publicado em 09 de fevereiro de 2006 | 00:01
 
 
 
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A Linha Verde " conjunto de obras que vai agilizar o acesso do centro de Belo Horizonte ao aeroporto de Confins " caiu nas graças dos motoristas que pedem a ampliação das intervenções também para as vias de acesso ao futuro corredor de trânsito.

Uma das mais criticadas é a MG"424, que leva a Vespasiano, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Prudente de Morais e Sete Lagoas. Os principais problemas apontados pelos motoristas, principalmente os caminhoneiros, são buracos na pista, desníveis no asfalto, falta de acostamento e placas de sinalização tampadas pelo matagal.

"Assim que a gente sai da MG"10 e cai na MG"424 dá para sentir a diferença. Além da buraqueira, em muitos lugares há desníveis na pista que são danados para quebrar as molas do caminhão", lamentou Wanderlei Tolentino, 46.

A Linha Verde prevê a duplicação e o recapeamento da MG"10, diversas intervenções na avenida Cristiano Machado " como a construção de viadutos e novas pistas ", além da cobertura de parte do ribeirão Arrudas para a construção de um bulevar.

As obras nos três trechos já estão acontecendo, com a previsão de conclusão para este ano. Todo o recurso " cerca de R$ 220 milhões " é oriundo dos cofres do governo do Estado.

Para quem trafega pela MG"10, as obras deveriam se estender aos prolongamentos dessa rodovia, que se encontram em estado precário.

"Esta pista da MG"424 era de cimento e eles fizeram remendos de asfalto. Quando não dá desnível, as trincas aparecem e, com o tempo, se transformam em buracos", afirmou o caminhoneiro Tolentino, se referindo ao trecho próximo ao centro de treinamento do Atlético, em Vespasiano, no sentido Pedro Leopoldo/Belo Horizonte.

"O ideal seria que as estradas que levam aos municípios beneficiados com a Linha Verde também fossem recuperadas", afirmou Tolentino. Entre Pedro Leopoldo e Matozinhos, além dos buracos, os caminhoneiros reclamam da falta de acostamento e da sinalização deficiente.

"Mesmo para quem passa aqui todos os dias, o risco de acidentes é grande. As poucas placas que existem estão cobertas pelo mato", disse Geraldo Eustáquio Ataíde, 58.

"Foram colocados seis quebra-molas nesse ponto com a alegação de que haveria obras. Já se passaram dois anos e nada", afirmou Miguel Guimarães de Moraes, 45.

DER-MG
O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a recuperação das rodovias da Grande Belo Horizonte será feita neste ano dentro do programa Pró-MG Pleno.

No entanto, a assessoria não soube informar a data em que o programa começa a ser executado e o recurso destinado às obras. Uma das rodovias que passará por reformas, de acordo com o DER-MG, será a MG"424, considerada uma das mais importantes da região metropolitana.

A assessoria do órgão informou que a rodovia foi restaurada há aproximadamente um ano, mas admitiu a necessidade de uma nova intervenção na via. Segundo o DER-MG, o Pró-MG Pleno consiste na substituição do piso asfáltico e instalação de placas de sinalização.

A novidade do programa para este ano será a assinatura de um contrato entre o governo estadual e a empreiteira vencedora da licitação para a manutenção da rodovia. De acordo com a assessoria de imprensa do DER-MG, a empresa ficará responsável pela manutenção durante quatro anos.

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