A mulher suspeita de matar o próprio filho e esconder o corpo da criança em um sofá, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, está presa em uma cela individual no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Marília Cristiane Gomes, de 19 anos, foi transferida do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul para o presídio na última terça-feira (29). A secretaria informou, ainda, que Marília está em uma cela individual para ter a integridade física resguardada e que a transferência é uma ação rotineira no sistema prisional.
No mesmo dia em que o corpo do garoto foi encontrado a mulher confessou o crime, em depoimento. Ela contou que atirou o filho na parede porque ficou nervosa ao vê-lo mexer no celular dela sem permissão.
Marília será indiciada, inicialmente, por ocultação de cadáver, e o delegado ainda analisa em qual tipo de homicídio ela será enquadrada: se dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar) ou doloso (quando a pessoa quer matar). Pelo crime, ela deve pegar, no mínimo, oito anos de prisão em regime fechado.
O caso
Marília Cristiane Gomes contou à polícia que o assassinato do filho foi um acidente. Ela disse que não queria matá-lo, e que na sexta-feira (25) estava lavando roupas e ouvindo música no seu celular, quando Keven chegou e pegou o celular dela. Enfurecida, a mulher tomou o celular do menino, e ele deu um tapa nela.
Por causa disso, ela foi colocar a criança de castigo na cama, disse que perdeu a noção da força e acertou a cabeça de Keven na parede. Ele caiu desacordado e ela, com medo de ser presa e da reação dos vizinhos, achou melhor esconder o corpo da criança, mesmo sem ter certeza se ele estava morto.
Ela escondeu a criança no sofá da casa dos tios e, quando o caso veio à tona, ela ainda disse que tinha esperança que ele estivesse vivo, mesmo depois de passar três dias preso em um sofá e trancado em um imóvel. A causa da morte foi identificada como traumatismo craniano.