Subiu para 12 o número rótulos da Backer que apresentaram contaminação por monoetilenoglicol ou dietilenoglicol, coforme informou o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (18). Ao todo, técnicos encontraram as substâncias em 55 lotes da cervejaria produzidos entre julho de 2019 e janeiro de 2020.
Segundo a pasta, as amostras identificadas com contaminação são dos rótulos: Belorizontina, Backer Pilsen, Backer Trigo, Brown, Backer D2, Capixaba, Capitão Senra, Corleone, Fargo 46, Layback D2, Pele Vermelha e Três Lobos Pilsen.
Ainda de acordo com o Mapa, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-MG), que é vinculado à pasta, analisou 315 amostras dentre cervejas produzidas pela Backer, de outras marcas, matérias-primas, insumos e resíduos de produção para detectar a presença destes contaminantes.
Veja abaixo a lista completa de marcas e lotes contaminados:
Marca | Lote |
Backer D2 | L1 2007 |
Backer Pilsen | L1 1549 |
Backer Pilsen | L1 1565 |
Backer Pilsen | L1 1351 |
Backer Pilsen | 827 |
Backer Pilsen | 851 |
Backer Pilsen | 882 |
Backer Pilsen | L1093 |
Backer Trigo | 1099 |
Backer Trigo | L1 1598 |
Belorizontina | L2 1197 |
Belorizontina | L2 1604 |
Belorizontina | L1 1348 |
Belorizontina | L2 1455 |
Belorizontina | L2 1464 |
Belorizontina | L2 1467 |
Belorizontina | L2 1521 |
Belorizontina | L2 1534 |
Belorizontina | L2 1547 |
Belorizontina | L2 1546 |
Belorizontina | L2 1487 |
Belorizontina | L2 1552 |
Belorizontina | L2 1593 |
Belorizontina | L2 1557 |
Belorizontina | L2 1604 |
Belorizontina | L2 1474 |
Belorizontina | L2 1354 |
Belorizontina | L 882 |
Belorizontina | 1354 |
Belorizontina | L2 838 |
Belorizontina | L2 867 |
Belorizontina | L2 899 |
Belorizontina | L2 907 |
Belorizontina | L2 934 |
Belorizontina | L2 1004 |
Belorizontina | L2 1058 |
Belorizontina | 1081 |
Belorizontina | L2 1215 |
Belorizontina | L2 1227 |
Belorizontina | L2 1388 |
Belorizontina | L2 1479 |
Belorizontina | L2 856 |
Brown | 1316 |
Capitão Senra | L2 1609 |
Capitão Senra | L2 1571 |
Capitão Senra | L2 1120 |
Capixaba | L2 1348 |
Corleone | 1121 |
Fargo 46 | L1 4000 |
Layback D2 | L1 2005 |
Pele Vermelha | L1 1448 |
Pele Vermelha | L1 1345 |
Pele Vermelha | 1284 |
Três Lobos Pilsen | L1 1180 |
Três Lobos Pilsen | L1 1389 |
Dessas amostras analisadas pelo LFDA-MG, 221 eram de cervejas da empresa investigada, sendo que em 55 amostras a presença de pelo menos um desses contaminantes já foi confirmada. No entanto, a pasta reitera que o restante de lotes analisados não estão livres da contaminação e aguarda o resultado dos demais lotes.
O ministério mantém a empresa fechada cautelarmente desde 10 de janeiro. A medida é válida até que a cervejaria comprove nível aceitável de segurança para o consumo de seus produtos.
Procurada pela reportagem para comentar a atualização divulgada pelo Mapa, a Backer informou que ainda não foi comunicada pelo órgão competente sobre os novo rótulos e lotes com contaminação.
Além disso a empresa reclamou sobre a ausência de informação sobre a quantidade de dietilenoglicol encontrada pelo Mapa e reiterou que retirou do mercado todas as suas marcas.
Investigação
Até o momento, ao menos 34 pessoas estão com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol após consumo da cerveja Belorizontina, da Backer. Desse número, seis pessoas morreram e quatro casos já foram confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde.
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso e já ouviu até o momento 29 pessoas, entre vítimas e familiares. A instituição ampliou a investigação para casos suspeitos registrados desde 2018, devido o aparecimento de pacientes com sintomas similares internados no período. O inquérito ainda não tem prazo para ser concluído.