A praça da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, será tomada pela Marcha Nacional pelo Parto Humanizado neste domingo (21 de abril). O movimento deve reunir profissionais de saúde que acreditam no direito de escolha da gestante pelo nascimento do filho dentro de casa, com atendimento autônomo de enfermeiras obstétricas e parteiras. O protesto começa a se concentrar às 9h.
O protesto é motivado por um julgamento no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre a proibição de enfermeiras obstétricas e obstetrizes de atuarem de forma autônoma, sem uma equipe médica e fora de hospitais. A ação, ajuizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), é direcionada às profissionais Heloísa Lessa e Halyne Pessanha e ao Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
“Esta batalha será travada no Supremo Tribunal de Justiça, e é imperativo que nos posicionemos contra essa tentativa de restringir o direito fundamental das mulheres de escolherem o local e o profissional para o nascimento de seus filhos”, diz o anúncio da Marcha pelo Parto Humanizado, que ocorre em todos os estados do Brasil neste domingo (21).
Em Belo Horizonte, o protesto também tem motivações locais, como a inconclusão das obras da Maternidade Leonina Leonor, que seria especializada em partos humanizados. Os manifestantes citam, ainda, a escassez de Centros de Parto Normal na capital e a “insuficiência de enfermeiras e doulas para todas as mulheres durante o trabalho de parto”.