Mais caro

Marmitex no trabalho custa em média R$ 440 por mês em BH

Trabalhador paga quase 10% mais pelo almoço, em relação a janeiro deste ano

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 22 de novembro de 2021 | 10:21
 
 
 
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Pedir um marmitex no trabalho todos os dias custa, em média R$ 440,22 ao trabalhador em Belo Horizonte, segundo levantamento do site de pesquisa de preço Mercado Mineiro. Complementar a refeição com um suco natural eleva o valor a R$ 564,39. 

O levantamento considera o marmitex grande, encontrado a uma média de R$ 20,01 em BH. Com uma variação de quase 300% entre o preço mais barato encontrado, R$ 9,99, e o mais caro, R$ 39,90,  o valor médio do prato aumentou 9,8% desde janeiro, quando custava R$ 18,22 na capital. 

“Os restaurantes tiveram aumento de custo com a carne, com o arroz, com o óleo de soja, com o feijão e, principalmente, com o gás e cozinha e com a energia elétrica. Não tem como, muitas vezes, não repassar o aumento ao consumidor final”, pontua o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. Por outro lado, o braço mineiro da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) tem reiterado que os restaurantes estão diminuindo sua lucratividade, já que não conseguem repassar todas as altas aos clientes.

A sócia do restaurante Verdinho, que possui três unidades em BH, Soraya Carvalho, explica que tem diminuído a margem de lucro para não repassar os aumentos integralmente ao clientes. “Eu tinha até um restaurante mais popular, o primeiro que abri, e precisei fechá-lo na pandemia, porque a margem é muito baixa. A comida representa uma fatia maior dos custos do restaurante do que antigamente, quando impostos, aluguel e funcionários oneravam mais”, diz. 

Aumento do self-service

O valor do quilo no self-service também aumentou desde janeiro, passando de uma média de R$48,65 para R$ 52,73, alta de 8,39%. Com qualidade e oferta diferentes, o preço do quilo varia de R$ 12 a R$ 149 na capital, uma diferença que ultrapassa os 1.000%. E não é só a comida que tem uma diferença expressiva entre cada estabelecimento: a mesma lata de refrigerante custa de R$ 3 a R$ 6,60, dependendo do restaurante. 

Considerando a média dos valores, almoçar meio quilo em um self-service, com acréscimo de refrigerante, durante 22 dias de trabalho por mês, custa R$ 692,02 ao trabalhador. A conta cai para R$ 596,06 substituindo-se o self-service pelo prato feito, que, hoje, sai a uma média de R$ 22 - mas pode ser encontrado de R$ 9,99 a R$ 48. 

A pesquisa do Mercado Mineiro consultou 82 cardápios, dos dias 17 a 19 de novembro. A relação completa dos restaurantes e valores consultados está disponível no site da organização. 

Esta matéria está em atualização

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