Metrô de BH: sindicato terá que pagar R$ 150 mil por dia de greve no Carnaval

O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3), situado no bairro Funcionários, em BH, bloqueou R$ 250 mil das contas do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) por conta da greve iniciada na última terça-feira (14/2). Na decisão, a Justiça também obriga a entidade a pagar multa de R$ 150 mil por dia parado durante o Carnaval. Nos outros dias, a infração diária por descumprimento da liminar, que determina o funcionamento do meio de transporte com 70% de sua capacidade, é de R$ 100 mil.

Em posição dada à reportagem, o Sindimetro informou que o bloqueio das contas já era esperado, mas não compromete a continuidade da greve. A entidade esclarece que tem sobrevivido com doações de outros sindicatos. Uma nova assembleia da categoria acontece nesta segunda-feira (20/2), na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no bairro Colégio Batista, Leste de BH. 

Nesse sábado (18/2), os metroviários decidiram pela manutenção da greve. Apesar de não haver certeza, fontes da entidade apontam que há uma tendência de continuidade da paralisação, apesar de reconhecerem a importância do metrô para o Carnaval de BH. Na prática, a categoria pede que os 1,6 mil servidores concursados sejam remanejados para outras empresas ou órgãos do governo federal, já que o meio de transporte será privatizado. A assinatura do contrato acontece no próximo dia 10, quando o Grupo Comporte — que reúne empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismos — passa a administrar o sistema.

Em nota, a CBTU informou que “considera irresponsável a decisão conduzida pelo sindicato, que deixa a cidade sem o único transporte que atenderia o hipercentro, já que, durante o Carnaval, muitas ruas estão bloqueadas para a segurança dos foliões, passagens de blocos e escolas de samba”.