MG: Polícia encontra bolsa com 25 periquitos mortos; animais seriam comidos

Uma bolsa com 25 periquitos mortos, sendo cinco já depenados, foi apreendida e dois homens presos pelo crime no povoado de Mingu, na zona rural de Espinosa, no Norte de Minas Gerais, neste fim de semana. Os suspeitos, de 26 e 18 anos, haviam caçado os pássaros, conhecidos como periquitos guela-seca ou periquito-da-Caatinga e iam comê-los, em seguida. 

Policiais militares estavam circulando na estrada que liga o povoado de Mingu à comunidade de Pernambuco, quando encontraram uma mochila no chão. Pouco tempo antes, eles tinham visto outra motociclista passar pelo local, acharam que os pertences eram dela, e seguiram pelo mesmo caminho que a mulher passou. 

Uma ciclista informou que a mulher estava em um bar no açude de Mingu. Quando os policiais chegaram ao local, descobriram que a bolsa não pertencia a ela. A motociclista disse, no entanto, que havia visto dois homens com vestes pretas, em uma moto também preta, trocar de roupa perto da região onde a mala foi encontrada. 

Ao abrirem a bolsa, os militares se depararam com 25 periquitos-da-Caatinga já abatidos, cinco sem penas, uma faca pequena suja de sangue, R$ 258 em dinheiro, além de cinco cartões de crédito. 

Buscas

A PM começou as buscas pela região e logo encontrou os dois suspeitos. Os agentes perguntaram se os dois haviam perdido algum material na região. Um dos homens disse que tinha pedido a um amigo para levar uma bolsa, mas que o item havia caído da moto, na estrada. 

Em seguida, eles mesmos confessaram, segundo os policiais, dizendo: “a bolsa que vocês encontraram é nossa, quando vimos o giroflex (sirene) da viatura saímos correndo e deixamos deixaram a mala para trás”, como registrado no Boletim de Ocorrência. Ainda conforme a PM, os dois disseram que tinham costume de caçar passarinhos para comer desde pequenos. 

Os animais foram encaminhados a um médico veterinário para fazer o laudo da morte e seriam enterrados no aterro municipal de Espinosa. 

Já os homens foram conduzidos ao grupamento da Polícia Militar do Meio Ambiente e foram liberados, mediante o compromisso de prestar esclarecimentos quando necessário. Foi lavrado um auto de infração para cada suspeito, nos valores de R$ 15.680 e R$ 14.560.