Ministra da Secretaria de Direitos Humanos discute na UFMG questão dos trotes violentos

Menos de um mês após a divulgação de imagens de trotes racistas e com alusão ao nazismo contra calouros do curso de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, defendeu que a liberdade de expressão garantida aos estudantes envolvidos no caso não pode ser vista com uma brecha para a violação dos direitos humanos.

O posicionamento foi colocado, na manhã desta quinta-feira (11), pela ministra durante seu discurso para cerca de 200 pessoas, entre alunos, professores e funcionários da instituição. O objetivo da visita era discutir a política de prevenção de trotes dentro da universidade.

“O mais importante é que a UFMG está promovendo essa reflexão e isso repercute em todo o país. Isso mostra que o Brasil também não aceita esse tipo de atitude. A diferença está na nossa postura, para que episódios como esse não sejam naturalizados”, disse a secretária.

Entretanto, ela evitou falar em punições mais severas para os responsáveis. “Ninguém está acima da lei, então, a responsabilidade pode, sem dúvida, existir. Eu, no entanto, ao vir a um instituição de ensino, acredito no poder de transformação das pessoas pela educação”, ressaltou.

Uma comissão de sindicância foi criada para apurar o caso. Segunda a reitoria, a instituição ainda aguarda um parecer para definir as punições a serem aplicadas, que podem variar de uma suspensão até a expulsão. A comissão tem 60 dias, a partir das denúncias, para concluir os trabalhos.