Os moradores de Mateus Leme, na região Central de Minas, sofrem com o cheiro de milho podre deixado na cidade por um trem que carregava o alimento e descarrilhou no último dia 20 de janeiro. A chuva pode ter provocado o acidente. Os vagões transportavam milho do Triângulo Mineiro até o Porto de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo. Ninguém se feriu.
"Trabalho no Centro da cidade, onde o fedor é pior. Todos que passam por aqui sentem se incomodados pelo cheiro. Ou melhor, cheiro não. Cheiro é perfume. O que sentimos lá é um odor de carniça", reclamou o auxiliar administrativo Samuel Dias, de 19 anos.
Os moradores reclamam que desde o descarrilhamento, há 23 dias, a empresa não foi até o local para retirar o milho. "Escuto algumas pessoas falando que a empresa esteve lá (local do descarrilamento), mas não chegou a tirar o milho. Eu mesmo não vi se a carga ainda está lá. Mas o odor não mente. Passou uma semana do acidente, começamos a sentir o cheiro podre", explicou Dias.
Por meio da assessoria de imprensa, a Ferrovia Centro-Atlântica, responsável pelo trem disse que está trabalhando na retirada dos vagões e remoção dos resíduos no local. “Amanhã, 13/02, o serviço de retirada dos vagões será concluído, possibilitando assim o início da retirada da carga de milho que se encontra no local. A Ferrovia Centro-Atlântica pede desculpas à comunidade pelos transtornos causados. Além do local ser de difícil acesso, o que dificulta os trabalhos, a retirada precisa respeitar as determinações dos órgãos competentes. Mas a empresa reitera que está ciente e preocupada com problema e está priorizando a conclusão de todos os trabalhos em Mateus Leme, avaliando inclusive alternativas de acelerar ao máximo a sua finalização. A empresa também está em diálogo constante com os moradores e autoridades locais para mantê-los atualizados sobre o cronograma da limpeza da área.”