Há quase dois meses as duas gangues voltaram a aterrorizar moradores e desafiam a polícia. A guerra recomeçou em julho último com uma série de tiroteios. Pelo menos duas mortes são atribuídas às disputas. A última delas ocorreu no domingo, quando Wenderson Charles Santana Gomes, 17, foi executado a tiros por dois homens que pertenceriam à Pau Comeu.
Aterrorizados, os moradores não conseguem sair de casa. É o caso de uma mulher que falou com a reportagem por uma pequena abertura na janela de sua casa. “A gente tá quieto, dentro de casa, com medo. Mas fazer o quê? A gente não tem para onde ir. Quando tem um tiroteio, nem pela greta da janela eu olho”, disse ela, que pediu para não ser identificada.
A situação mais preocupante é a de outra senhora, que mora numa área considerada pela polícia “o olho do furacão”. “Não dormi e, até agora, estou tremendo de medo”, disse ela na manhã dessa quarta-feira (13), quase 12 horas depois do tiroteio.
O tenente Mauro Lúcio da Silva diz que “a Polícia Militar vai continuar fazendo um trabalho incansável, em parceria com a Polícia Civil, para prender os demais bandidos, devolver a paz à comunidade e preservar o direito de ir e vir das pessoas”.