Um homem, de 29 anos, foi preso na madrugada desta quinta-feira (28 de dezembro) suspeito de esfaquear diversas vezes a companheira dele, de 25 anos, na residência do casal, no bairro Ribeiro de Abreu, na região Nordeste de Belo Horizonte. A vítima foi socorrida para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, e precisou ser encaminhada para o Hospital Risoleta Neves, na região de Venda Nova.
De acordo com o boletim de ocorrência, feito pela Polícia Militar, a vítima teve duas perfurações, sendo uma no peito, próximo ao coração, e outra no pulmão. Ela conseguiu se livrar do companheiro durante as agressões, e pediu ajuda aos vizinhos, que a socorreram para a unidade de saúde. O estado de saúde dele não foi informado.
Ainda segundo a polícia, na unidade de saúde, a mulher disse aos policiais que o seu companheiro, suspeito das agressões, ainda estaria na residência. Conforme os militares, a vítima estava muito debilitada e com dificuldade na fala quando foi abordada pelas equipes.
Ao chegar na residência da vítima, os militares encontraram o suspeito com as roupas e braços ainda sujos de sangue, além do chão da residência. O homem tentou negar a autoria do crime, porém, não conseguiu explicar porque estava coberto de sangue e foi preso. A faca de açougueiro, usada por ele no crime, foi apreendida na pia do imóvel.
Para a reportagem de O TEMPO, vizinhos do casal disseram em anonimato que as brigas entre a vítima e o suspeito são constantes. "Eles se mudaram para essa casa a cerca de seis meses. Dentro desse período, esse homem já agrediu a moça diversas vezes. Eu mesma já coloquei ela dentro de um carro de aplicativo para ir embora, para casa de parentes e se livrar das agressões, mas ela sempre volta", contou uma vizinha que preferiu não se identificar.
Outro vizinho contou que o casal é usuário de drogas. A mãe do suspeito e os dois filhos, de aproximadamente 6 e 7 anos, da mulher também moram na casa. Conforme este vizinho, a sogra da mulher também é acusada de agredir a vítima. "A sogra dela é conivente com o filho e também bate muito nela. A moça é até magrinha e fraca de tanto apanhar. Às vezes a vizinhança dá comida para as crianças que sempre presenciam as agressões feitas contra a mãe", contou.