Sonho Americano

Mulher é presa depois de emitir falsos vistos americanos em Valadares

A cidade é conhecida como a porta de saída dos mineiros para o país norte-americano; seis vítimas pagaram R$ 10 mil por vistos que nunca receberam

Por Natália Oliveira
Publicado em 13 de setembro de 2017 | 13:44
 
 
 
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Uma mulher suspeita de aplicar golpes de estelionato foi apresentada nesta quarta-feira (13) em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Ela é suspeita de aplicar o golpe do “sonho americano” prometendo falsos vistos para os Estados Unidos. A cidade é conhecida como a porta de saída dos mineiros para o país norte-americano. Seis vítimas pagaram R$ 10 mil por vistos que nunca receberam.

De acordo com a Polícia Civil a mulher foi presa nesta segunda-feira (11) e ela já tinha mandado de prisão em aberto desde julho, no entanto ela foi presa só na segunda após passar uma nota falsa a um mototaxista. Segundo a polícia, a mulher dizia que tinha conhecido nos Estados Unidos com uma empresa e que fazia com que os clientes recebessem um visto legal de trabalho no país. No entanto, depois a mulher desaparecia.

“A suspeita sempre utilizava dos mesmos meios para atrair e conseguir a credibilidade das vítimas, dizendo que era cidadã norte-americana e que o marido dela também era natural dos EUA. Segundo ocorrências registradas contra a investigada, às vezes ela dizia que o marido era do FBI, outras que possuía empresa naquele país, o que supostamente tornava fácil para a suspeita conseguir o visto junto ao consulado norte-americano. Contudo, após as vítimas lhe pagarem certa quantia, a suspeita não mais era localizada, uma vez que mudava de endereço logo que conseguia o que pretendia junto às vítimas”, explicou a Polícia Civil por meio de nota.

A mulher não confessou o crime à polícia e preferiu ficar em silêncio. Ainda será investigado se além dela outras pessoas participavam do crime. A suspeita tem uma ficha criminal extensa por estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos. A mulher pode pegar até 30 anos de prisão, sendo 5 anos por cada vítima. 

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