Confusão

Mulher fica ferida durante conflito com agentes na Dutra Ladeira

Parentes dos presidiários, que protestavam na porta da unidade prisional em busca de informações, tentaram impedir uma viatura de sair do presídio; um agente usou spray de pimenta para dispersar a aglomeração

Por Bruno Inácio
Publicado em 17 de janeiro de 2017 | 14:51
 
 
 
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Uma mulher foi ferida durante uma confusão com agentes do Comando de Operações Especiais (Cope), na porta do presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, no início da tarde desta terça-feira (17), onde presos se rebelaram na noite dessa terça-feira.

Os parentes dos presidiários, que protestavam na porta da unidade prisional em busca de informações dos detentos, tentaram impedir uma viatura de sair do presídio, e um agente usou spray de pimenta para dispersar a aglomeração de cerca de 30 pessoas. Além das mulheres dos detentos, a fotógrafa Mariela Guimarães, de O TEMPO, foi atingida.

O clima é de tensão na porta do presídio, onde os parentes alegam que não conseguem ter informações sobre a situação dos homens detidos. "A gente sabe que alguns detentos foram espancados lá dentro, que eles estão tentando esconder a verdadeira situação lá. O que queremos é informação", disse a dona de casa Glória de Oliveira, de 58 anos, mãe de um homem preso por tráfico.

Desde o início da rebelião, membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tentam ter acesso aos detentos. "Estamos presos na entrada do presídio, sem poder sair ou entrar, é uma situação política o que está acontecendo aqui. O diretor do presídio marcou um encontro com os membros da OAB aqui hoje às 10h. Chegamos às 9h, e até agora não tivemos acesso nem aos pavilhões que podem estar danificados, nem aos detentos para verificar o estado físico deles", afirmou o advogado Gregório Andrade, de 42 anos, que é membro da Comissão de Direitos da OAB. Além de Andrade, outros dois membros, inclusive o presidente da comissão, Willian Santos.

Apesar de nenhum parente ter tido acesso aos detentos, alguns advogados puderam entrar. Deles, os familiares ouviram que os presos estão sendo mantidos no pátio do presídio, descalços, e sem acesso à alimentação. No início da tarde de hoje, porém, uma van com almoço entrou na unidade prisional.

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