A mulher que furtou joias e armas de fogo em um apartamento de luxo no bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, tem o costume de praticar esse tipo de crime. É o que informou o delegado Gustavo Barletta, do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri). A suspeita segue sendo procurada pela Polícia Civil após causar um prejuízo estimado de R$ 1 milhão.
“Vamos nos concentrar nas [análises] das câmeras de segurança para tentar identificar as pessoas. A investigação está em nível inicial, mas, em breve, vamos identificar a mulher que é uma pessoa reiterada de invasão de condomínios", afirmou o delegado responsável por conduzir os trabalhos investigativos. Segundo ele, a suspeita já cometeu o mesmo crime em outros Estados da região Sudeste.
Uma chave de fenda foi utilizada pela mulher para conseguir entrar no imóvel. "Trata-se de algo utilizado por criminosos que arrombam condomínios". O proprietário do apartamento, vítima do crime, foi ouvido pela Polícia Civil nesta quinta-feira (27). Outros depoimentos acontecerão em data a ser definida.
"A vítima disse não ter desconfiança de ninguém [que possa ter passado informações], mas todos aqueles que têm contato direto com a localidade serão investigados", afirmou o delegado. O chefe das investigações foi categórico em dizer que a mulher e os comparsas tinham informações. "Foi um parente ou amigo que passou? Não sabemos dizer, por enquanto".
Armas levadas
Além das joias, armas foram furtadas. "A vítima é colecionadora e tem autorização. Trata-se de duas pistolas devidamente registradas e vamos tentar a localização". A princípio, a mulher não sabia das armas no apartamento. "A intenção era o crime patrimonial, joias, dinheiro em espécie ou aquilo que a quadrilha considerava de fácil venda. Ela encontrou as armas e fez a subtração”, ponderou.
Sobre o fato de o porteiro ter autorizado a entrada da mulher no condomínio, mesmo ela não sendo moradora, o delegado afirmou que essa é uma prática comum. "Já questionei porteiros outras vezes sobre o motivo de ele não ter questionado as pessoas e eles dizem que já teve caso de fazer tal indagação e ser repreendido pelos próprios moradores, pois se tratava de familiares".
Diante do ocorrido no bairro Luxemburgo, o delegado dá uma dica. "Se tem a pessoa física para fazer a barreira, tem que questionar, pois o criminoso de condomínio chega bem vestido, a mulher vai maquiada, até mesmo pelo contexto social", finalizou.