Em Brumadinho

Obras de captação do rio Paraopeba feitas pela Vale não ficam prontas no prazo

Novo ponto de captação era previsto para o dia 30 de setembro, mas foi adiado para dezembro deste ano; a empresa argumenta que a pandemia pela Covid-19 atrasou as obras

Por Natália Oliveira
Publicado em 03 de outubro de 2020 | 20:22
 
 
 
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As obras do novo ponto de captação do rio Paraopeba, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, que deveriam ser entregues no última dia 30 de setembro, não foram concluídas pela Vale. A empresa argumentou que por causa da pandemia pelo novo coronavírus (Covid-19) e o isolamento social, a conclusão precisou ser adiada para dezembro deste ano.

"Em decorrência de fatores externos, alheios à vontade e controle da Vale, houve necessidade de adequação dos prazos. Dentre os fatores impeditivos, incluem-se restrições de segurança impostas pela pandemia da Covid-19, medidas restritivas decretadas pelo poder público municipal e outros órgãos públicos, demora na obtenção de autorização judicial para ingresso nas áreas necessárias à implantação do projeto e a ocorrência de intensas chuvas na região entre dezembro de 2019 a março de 2020, muito acima da média prevista para o período", informou a empresa. 

Segundo a empresa,  a fase de comissionamento e testes devem começar em dezembro de 2020 com a vazão inicial  de 1.000 llitros por segundo (l/s), sendo aumentada gradualmente ao longo do mês de janeiro de 2021, até atingir a vazão nominal de 5.000 l/s.

"O funcionamento do novo sistema à plena capacidade restabelecerá a mesma vazão (5.000 l/s) da captação atualmente suspensa no rio Paraopeba. Paralelamente, a Vale implementou um conjunto de ações emergenciais para contribuir com o abastecimento de água pela Copasa e fortalecer o sistema hídrico que atende a Região Metropolitana de Belo Horizonte, como a reativação de grandes poços no Vetor Norte e a interligação dos sistemas Velhas e Paraopeba", informou a mineradora. 

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) também emitiu uma nota informando sobre o atraso e dizendo que "cobra rotineiramente da Vale o cumprimento das obrigações já assumidas no Termo de Compromisso, bem como toma as medidas cabíveis para resguardar os interesses da Companhia". 

A obra é uma reparação por causa dos danos causados pelo rompimento da barragem de Feijão, em Brumadinho, em janeiro de 2019. O rio Paraopeba é um dos que atende o abastecimento de Belo Horizonte e da região metropolitana. 

"Apesar do atraso na entrega das obras, o abastecimento de água na região metropolitana de Belo Horizonte não foi afetado, uma vez que o Sistema Paraopeba, composto pelos reservatórios Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores, encontrava-se, em 28.09.2020, com 83,6% de sua capacidade, maior nível histórico registrado, para o mesmo período, nos últimos seis anos", conclui a Copasa.

Leia a nota da Vale na íntegra:

Nos termos do cronograma original para construção do novo sistema de captação de água do rio Paraopeba, em implantação no município de Brumadinho, a fase de comissionamento e testes estava prevista para 30 de setembro de 2020. 

Entretanto, em decorrência de fatores externos, alheios à vontade e controle da Vale, houve necessidade de adequação dos prazos. Dentre os fatores impeditivos, incluem-se restrições de segurança impostas pela pandemia da Covid-19, medidas restritivas decretadas pelo poder público municipal e outros órgãos públicos, demora na obtenção de autorização judicial para ingresso nas áreas necessárias à implantação do projeto e a ocorrência de intensas chuvas na região entre dezembro de 2019 a março de 2020, muito acima da média prevista para o período.

Com o necessário ajuste de cronograma, a fase de comissionamento e testes deve iniciar-se ainda em dezembro de 2020, com a vazão inicial de 1.000 l/s, sendo aumentada gradualmente ao longo do mês de janeiro de 2021, até atingir a vazão nominal de 5.000 l/s.

O funcionamento do novo sistema à plena capacidade restabelecerá a mesma vazão (5.000 l/s) da captação atualmente suspensa no rio Paraopeba. Paralelamente, a Vale implementou um conjunto de ações emergenciais para contribuir com o abastecimento de água pela Copasa e fortalecer o sistema hídrico que atende a Região Metropolitana de Belo Horizonte, como a reativação de grandes poços no Vetor Norte e a interligação dos sistemas Velhas e Paraopeba.

A Vale reitera seu compromisso em implementar, de forma célere e diligente, as ações necessárias à reparação dos danos e transtornos provocados pelo rompimento da barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão.

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