Avanço da Covid-19

Ocupação de leitos de UTI em Minas Gerais está em 90,36%

Secretário adjunto de Saúde do Estado, Marcelo Cabral, voltou a ressaltar a importância da manutenção das medidas de isolamento social para controle do coronavírus

Por Rafaela Mansur
Publicado em 24 de junho de 2020 | 14:50
 
 
 
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A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Minas Gerais está em 90,36% nesta quarta-feira (24), de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A taxa de ocupação dos leitos clínicos está em 74,57% no Estado. Já os leitos de UTI específicos para Covid-19 estão com taxa de ocupação de 16,28%, e os leitos clínicos para coronavírus, 10,90%.

Sobre a projeção de esgotamento de leitos de UTI no Estado a partir desta quinta-feira (25), realizada pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde, o secretário de Estado adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, afirmou, em entrevista coletiva, que foi possível adiar a data, por meio da implantação de leitos adicionais.

"Felizmente, nós conseguimos ampliar os leitos e, apesar de todos os problemas, conseguimos jogar um pouco mais para a frente a data estimada com relação ao esgotamento de leitos. Esses dados são muito dinâmicos, já que o trabalho é feito diariamente no que se refere à ampliação", afirmou.

Apesar do avanço do coronavírus em Minas, que soma 31.343 casos e 771 óbitos confirmados por Covid-19, o secretário disse que o lockdown não é cogitado neste momento no Estado.

"O lockdown só se cogitaria em uma situação muito grave, em que a gente precisaria providenciar o fechamento e em caso de descontrole. Hoje temos optado pelo diálogo com gestores municipais. Neste momento, apesar do protocolo já preparado e pensado desde o início, dependendo apenas de de ajustes para sua implantação na prática, por ora, não cogitamos lockdown", declarou Cabral.

A taxa de contágio do coronavírus medida pelo RT, que mede a transmissão da doença no momento, está em 1.04. "Quando temos RT abaixo de 1, identificamos que o ritmo de contágio da doença é mais baixo e brando, não temos aquela evolução exponencial. Entre 1 e 1.2, é um RT de atenção, que indica que devemos fortalecer as medidas de distanciamento para conter o contágio. Acima de 1.2, começamos a entrar em um linear mais complicado", explicou o chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho.

"Hoje, em Minas, estamos em um patamar próximo do linear que seria mais adequado, mas isso pode mudar amanhã, pode melhorar ou piorar. É importante que a gente acompanhe esse dado constantemente para entender como nossas medidas estão impactando na propagação da doença", disse.

O secretário Marcelo Cabral voltou a ressaltar a importância da manutenção das medidas de isolamento social para controle do coronavírus. Ele ressaltou a necessidade do uso de máscara, de sair apenas em caso de necessidade e de reduzir a exposição dos grupos de risco para Covid-19. "Se não houver engajamento de todos nós, municípios, prefeitos e, principalmente, de cada um de nós, individualmente, todo o esforço poderá não ser suficiente. Nós vamos pagar com nossa própria vida se não mantivermos os esforços", afirmou.

Ampliação da testagem

A testagem de pessoas que tiveram contato com infectados pelo coronavírus está sendo estudada em Minas Gerais. "Temos debatido bastante essa questão, desenvolvido parcerias com a comunidade científica e outras instituições para ampliar a testagem e e entendemos que, no futuro, vamos conseguir alcançar essa possibilidade", afirmou o chefe . "Assim que conseguirmos fechar essas parcerias, poderemos conseguir testar quem mora com o infectado, quem teve contato na empresa, algo nesse sentido", completou.

O secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, disse que a política de testagem estabelecida tem sido suficiente e ressaltou que todos os óbitos são testados.

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