Todos os parâmetros avaliados para definir os rumos da flexibilização em Belo Horizonte estão nos níveis amarelo, informou a prefeitura nesta quarta-feira (25). A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria e UTI, que até então estava sob controle, saltou para o nível de alerta.
"Se a gente for pegar os leitos de UTI hoje utilizados para Covid e os leitos de enfermaria reais desativados à Covid-19 temos uma ocupação 60,2% de UTI do SUS, e 64,1% de enfermaria. Os três indicadores estariam hoje amarelos", explicou o secretário de Saúde, Jackson Machado.
Na terça-feira (24), conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SES), a lotação dos leitos de enfermaria e UTI estava em 38,1% e 40,4%, respectivamente. Há uma semana, apenas 30,7% das vagas de enfermaria e 33,5% dos leitos de UTI estavam ocupadas.
A taxa de transmissão da Covid-19, que está em 1,08, também indica nível de alerta. Acima de 1,2 entra no nível vermelho, o mais grave da pandemia.
Mesmo com a aceleração da pandemia, o prefeito Alexandre Kalil optou por flexibilizar e estender o horário de funcionamento do comércio em alguns dias. Contudo, ele garantiu que vai apertar o cerco na fiscalização e fechar os estabelecimentos que desobedecerem às regras.
"Estamos seguindo as regras de março. Estamos aqui para avisar que o termômetro está subindo, tá legal. (...). Aqui não tem nenhum covarde, ninguém tem medo de fechar a cidade", avisou Kalil.
Ele e os representantes que fazem parte do Comitê de Combate à Covid reforçaram que é preciso seguir as recomendações de biossegurança para frear o contágio do vírus.