Itabirito

Orgão nacional inicia avaliação para minimizar impacto de deslizamento

Engenheiros do Departamento Nacional de Produção Mineral avaliam juntamente com a empresa as condições geográficas da área, visando propor alternativas para reduzir o impacto do acidente

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 12 de setembro de 2014 | 16:35
 
 
 
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O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM/MG) divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira (12) informando que engenheiros do órgão estão no local do deslizamento da barragem em Itabirito, na região Central do Estado, para avaliar, juntamente com profissionais da Herculano Mineração, as condições geográficas da área e propor alternativas técnicas para atenuar o impacto ambiental causado pelo acidente.

Ainda de acordo com o texto divulgado pelo departamento, o prazo para a desinterdição do local é indeterminado e dependerá do cumprimento da legislação ambiental, mineral e segurança do trabalhador por parte da empresa. "A questão da estabilidade das barragens, das causas do acidente, da retomada das operações de lavra e tratamento de minério, e outros questionamentos só poderão ser respondidos após conclusão do relatório técnico de auditoria do empreendimento, com previsão de conclusão em 90 dias", informa.

Por fim, a nota de esclarecimento ainda informava que o DNPM trabalhará dentro do limite da sua competência, em conjunto com as demais entidades públicas, para dar a melhor resposta à sociedade sobre o ocorrido.

Interdição

Desde o dia do deslizamento o DNPM está acompanhando de perto os trabalhos de socorro e inspecionando a área. Ainda na quarta, após realizar sobrevoo para visualizar as quatro barragens e constatar o risco provocado pelo acidente, o órgão decidiu pela interdição, que determinou a paralisação imediata das operações nas minas e Unidade de Tratamento de Minérios da Herculano Mineração.

Já na quinta-feira (11), durante uma nova inspeção do local, os técnicos observaram que o maciço da Barragem B3 também se encontrava em situação de risco de rompimento. Uma reunião emergencial com os representantes da empresa e técnicos de diversos órgãos tomou uma série de deliberações relativas ao ocorrido. A empresa deverá apresentar um Plano de Ação Emergencial até o dia 15 de setembro, definindo procedimentos a serem adotados em caso de acidente.

Além disso, foi autorizada a realização de obras emergenciais de curto prazo para manutenção e estabilização da barragem B3 e demais estruturas associadas. Já para intervenção na barragem B1, que se rompeu, deverá apresentar um Plano de Ações Emergenciais ao DNPM dentro de 15 dias. Ainda conforme o departamento, dentro de 90 dias a Herculano Mineração deverá apresentar o Plano de Ações Emergenciais de todas as quatro barragens existentes.

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