Os filhos do promotor e Lorenza escolhem médico da família como guardião

A Justiça concedeu ontem a guarda dos cinco filhos do promotor André Luís Garcia de Pinho, ao amigo da família, o médico Bruno Sander.  

O promotor foi preso no último domingo suspeito de cometer feminicídio contra a mulher, Lorenza Maria Silva de Pinho, 41. As crianças têm: 2, 7 e 10 anos. Já os adolescentes têm 15 e 17 anos.  

A escolha do guardião teve relação com um pedido dos adolescentes a justiça. A informação foi confirmada pelo próprio médico durante entrevista exclusiva ao O TEMPO.

Mini Entrevista 

 Qual era sua relação com Lorenza, com o marido dela e com os filhos do casal? 

Conheci Lorenza há 11 anos, quando ela me procurou para procedimentos médicos. Durante os acompanhamentos médicos, me tornei amigo da família. Visitava a casa do casal constantemente, e mantínhamos convívio. Eu e minha esposa somos padrinhos de batismo das crianças de 7 e 10 anos. 

Por que o senhor assumiu a guarda dos filhos de André e Lorenza? Foi a pedido de quem? 

Assumi a pedido dos filhos adolescentes do casal, de 15 e 17 anos. Durante audiência feita hoje (ontem), eles solicitaram ao juiz, por causa da nossa proximidade. Vou assumir a guarda das cinco crianças por amor e consideração. Não existe a hipótese de Lorenza ter deixado um documento que pedia para eu ser o guardião. As crianças que solicitaram. 

Como eles vão viver? 

Vou manter a rotina dos cinco a mais natural possível. Vamos morar no apartamento em que eles sempre moraram. Aos fins de semana vamos para o meu apartamento. Tenho dois filhos adolescentes, que vão interagir uns com os outros num ambiente familiar que eles já estão acostumados a compartilhar. Acredito que essa situação não vai perdurar por muito tempo, porque tenho certeza de que Lorenza não foi vítima de feminicídio. 

Por quanto tempo o senhor vai ficar com a guarda?  

Vou ficar com a guarda pelo o tempo necessário para que seja comprovado que Lorenza não foi vítima de feminicídio. Em breve essa situação será esclarecida. 

Se os avós pedirem a guarda na Justiça, o que o senhor vai fazer?  

Prefiro não tratar desse assunto por ora. Acredito que, em breve, essa situação será resolvida, e as crianças estarão sob os cuidados do pai