Norte de Minas

Ossada achada em Rio Pardo de Minas é da menina Emilly

Exames de DNA feitos pelo IML comprovaram que os restos mortais são da criança

Por Aline Diniz
Publicado em 18 de setembro de 2017 | 16:13
 
 
 
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A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (19) que a ossada encontrada no último dia 27 de abril é da menina Emilly Ketlen Ferrari. A garotinha sumiu de casa há mais de quatro anos, em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado. Desde então, ela nunca mais foi vista.

Conforme a polícia, exames de DNA realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) comprovaram que os restos mortais pertencem a Emilly. Não há informações, porém, de quem sequestrou a menina.

O delegado Luis Claudio Freitas do Nascimento trata o crime como um homicídio qualificado com ocultação de cadáver. Os investigadores ainda trabalham para identificar e prender os suspeitos, e novas testemunhas serão convocadas para prestar depoimento.

Relembre o caso

Emilly desapareceu enquanto brincava na porta da casa da mãe, na avenida Padre Horácio Giraldi. Ela usava um vestido preto e segurava uma boneca negra, chamada pela garotinha por Pretinha. 


Minientrevista

Leandro Campos
pai de Emilly

Como o senhor ficou sabendo que a ossada encontrada era de Emilly?

O delegado me chamou para ir até a delegacia hoje (ontem) e me deu essa triste notícia. Eu tinha a esperança de a encontrar viva. Moro em uma cidade a 50 km de Rio Pardo de Minas e fui até lá. A mãe dela também foi. Não era a notícia que a gente esperava receber. Estou perturbado, minha cabeça não está assimilando. Vai ter o sepultamento, mas ainda não sei quando.

O senhor tinha esperança de encontrar sua filha viva?

A gente nunca parou de procurar, de divulgar. A foto dela apareceu até no jogo do Brasil contra o Uruguai. Hoje (ontem) tive a triste notícia. Mesmo sabendo que haviam achado uma ossada, não era nada concreto. Não sabia que era de uma criança.

Como o senhor se sente agora? Como é não saber, após quatro anos, o que aconteceu com sua filha?

É uma angústia. Antes, a preocupação era se ela estaria bem. Agora, não paro de pensar em quem faria uma crueldade dessa, como fez e o porquê. A polícia não pode medir esforços para achar o culpado. A dúvida agora é: será que algum dia a gente vai ter uma resposta? Vamos dar a ela um enterro digno, pelo menos vamos saber onde ela está.

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