Ouro Branco: Suspeito de queimar e ocultar cadáver de mulher é preso

O assassinato de uma mulher de 43 anos, que teve o corpo carbonizado e enterrado no terreno de um homem com o qual estaria mantendo um relacionamento extraconjugal chocou os moradores de Ouro Branco, na região Central do Estado, e engrossa a lista de vítimas do feminicídio em Minas Gerais. Os restos mortais da vítima, identificada como Roseli, foram encontrados nesse sábado (10), após uma denúncia anônima. 

Segundo boletim de ocorrência registrado por agentes do 31° Batalhão da Polícia Militar de Conselheiro Lafaiete, o principal suspeito do crime, de 43 anos, foi localizado ainda no sábado, durante abordagem a um veículo. No interior do carro, os militares localizaram o celular da vítima e marcas de sangue, que seriam de Roseli. 

Com ajuda do irmão do suspeito, a polícia conseguiu entrar no terreno do suposto autor. Lá, foi localizado um tambor com forte odor e terra remexida. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou o corpo de Roseli enterrado e parcialmente carbonizado. A suspeita é que o tambor tenha sido usado para incendiar o corpo.  O suspeito, que não teve nome revelado, foi preso em flagrante.

Caso revoltou população de Ouro Branco

A notícia da morte de Roseli provocou forte comoção entre a população de Ouro Branco. Nas redes sociais, mensagens de lamento pelo assassinato e pedidos de justiça foram publicados. “Nossa eterna princesa, sempre alegre, feliz. Nunca tratou ninguém mal. Descanse em paz”, postou uma conhecida da vítima no Instagram. 

“É triste, muito triste. Mas (é) um país que não tem lei. Não dou 5 Anos e ele já estará na rua com bom comportamento e fazendo mais vítimas. Fica agora nosso pedido de justiça. Acho que 30 Anos de cadeia, fechado, sem saidinha de nada, já dava pra amenizar a dor da família, mesmo sabendo que isso não trará ela mais de volta”, declarou outra pessoa no Facebook.

Outros crimes

O caso será investigado pela Polícia Civil, que já contabilizou ao menos 135 casos de feminicídio em Minas entre janeiro e outubro de 2022. Além disso, outras 162 tentativas de extermínio de mulheres motivadas pelo fato de elas serem do sexo feminino foram registradas no mesmo período.