Por cerca de nove anos, a biotecnóloga Isabela Gibosky Martins Assunção, 26, tomou anticoncepcional com estrogênio e progesterona – que, combinados, elevam o risco de hipercoagulação do sangue e de tromboses, embolias etc. Ainda assim, ela não foi submetida ao teste de trombose quando ficou grávida de seu primeiro filho, no fim de 2012. O obstetra também ignorou que uma prima dela havia tido quatro abortos e morreu dois dias após o parto, de embolia pulmonar.
O resultado é que Isabela foi internada às pressas, no sexto mês de gravidez, com pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp (que ataca o fígado e diminui as plaquetas no sangue). Mãe e filha, Maria Fernanda, ficaram em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas o bebê não resistiu. Os médicos confirmaram que a causa de tudo era a trombofilia. “”, disse o geneticista Ciro Martinhago. Mulher com alguns tipos de trombofilia e que usam anticoncepcional têm 30 vezes mais chances de sofrer trombose