CIDADES

Paciente em coma pode ser mineiro

Família de Pedro Leopoldo afirma que homem internado há mais de dois meses em SP é o jardineiro Geraldo Custódio.

Por FLAVIANE PAIXÃO
Publicado em 06 de novembro de 2005 | 22:32
 
 
 
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O mistério sobre um paciente internado em coma há mais de dois meses no Hospital São Paulo, na capital paulista, pode estar próximo do fim. O homem chegou ao local no dia 21 de agosto sem qualquer identificação.

Na tentativa de achar seus parentes, o hospital, com a ajuda da polícia, divulgou a foto dele no último dia 3. O retrato, publicado no SUPER NOTÍCIA, foi visto por Cássia Regina Loureiro Valiceli, 17, que vive em Pedro Leopoldo, na Grande Belo Horizonte.

Ela afirma que o homem é seu pai, o jardineiro e caseiro Geraldo Valiceli Custódio, 42. "Meus pais se separaram em junho de 2003 e em agosto do mesmo ano, mudamos de Confins para Pedro Leopoldo. Passados quatro meses, perdemos todo o contato com ele", disse Cássia.

A ex-mulher do caseiro, Tércia Valiceli, 39, o casal de filhos e a sogra de Custódio, Vicentina Loureiro, moram em uma casa alugada por R$ 150.

As despesas da família são arcadas com a aposentadoria de um salário-mínimo de Vicentina e com o trabalho de Tércia, que é manicure. "Temos que ver uma alternativa para ir a São Paulo e mostrar que ele tem família e não é indigente", disse Cássia.

Antes do desaparecimento, Custódio trabalhou em uma fazenda na cidade de Três Marias. Contudo, insatisfeito com o serviço, ele comunicou à família que iria procurar outro trabalho.

Segundo a manicure o casal teria tido alguns desentendimentos e, em um deles, Custódio foi para São Paulo procurar emprego. "Começamos a ficar preocupados com o sumiço porque ele é alcoólatra. Quando bebe, se transforma de um homem tímido para um muito valente", disse Tércia.

A família fez buscas em clínicas do Estado e chegou a consultar o site da Receita Federal para verificar se o CPF dele havia sido cancelado. "Já dava meu pai como morto", disse a filha.

No último sábado, Cássia viu a foto do paciente no jornal e teve certeza de que era seu pai. A família elencou alguns sinais que podem ajudar na identificação do homem. "Geraldo tem uma cicatriz na canela direita, um corte no queixo e outro no supercílio e uma pinta no pênis", afirmou Tércia.

O Hospital São Paulo foi contatado ontem, mas informou que as marcas só poderão ser conferidas hoje. Custódio é de Santo Antônio do Grama, em Minas, e nasceu em 1963.

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