Três pessoas de uma mesma família — sendo pai, mãe e filho, de 59, 52 e 25 anos, respectivamente — foram presas nessa quinta-feira (26) suspeitos de cometerem um duplo latrocínio. As vítimas, que teriam sido dopadas com remédio controlado, são uma idosa, de 85 anos, assassinada na última quarta-feira (25), em Goiânia, e o filho dela, de 63, morto no último dia 19, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.
O corpo do idoso foi localizado em um canavial em Ituiutaba, enquanto os restos morais da idosa, queimados, estavam na cidade de Jamil, em Goiás. A operação conjunta entre as Polícias Civil de Minas Gerais e Goiás conseguiu localizar os suspeitos após identificar o veículo que transportou um dos cadáveres.
Mãe e filho foram presos em Ituiutaba, enquanto o pai foi detido em Goiás. Com eles, as autoridades apreenderam documentos e cartões pertencentes às vítimas. A família confessou os crimes e disse que o objetivo era roubar pertences e conseguir dados bancários das vítimas.
O crime
Segundo relatado pelos suspeitos, eles entraram no apartamento das vítimas em Goiânia e usaram remédios para dopá-las. O objetivo era conseguir senhas bancárias. O idoso, no entanto, resistiu. Por isso, o trio resolveu levar objetos, dinheiro e joias que estavam no apartamento.
Com os bens roubados, dois dos criminosos foram para a cidade de Ituiutaba, levando também o idoso. Eles seguiram dopando a vítima. Enquanto isso, a idosa permaneceu no apartamento em Goiânia, sob a vigia do terceiro criminoso.
Em Ituiutaba, os criminosos passaram obrigar que o idoso tomasse doses altas de medicamento controlado. A vítima passou a ficar desacordada por várias horas e, após dois dias, morreu em função da administração do remédio, sem ter fornecido suas senhas bancárias.
Diante da morte da vítima, os criminosos colocaram o corpo do idoso em pneus e o queimaram em meio a uma plantação de cana-de-açúcar.
De volta a Goiânia, os suspeitos deram a notícia da morte do filho à mulher, mentindo que teria sido por problemas de saúde. A idosa passou por grande sofrimento e, segundo narrativa dos investigados, estes passaram a administrar remédios ansiolíticos a ela. Com a piora em seu estado de saúde, a mulher morreu, na última quarta-feira (25).
Os suspeitos levaram a vítima para a Ituiutaba, onde iriam queimar o corpo dela como fizeram com o do filho, entretanto, durante o trajeto sofreram um acidente e precisaram jogar o corpo em meio a um matagal para que não fossem surpreendidos pela polícia.
Terceiro homicídio
A PCMG em Prata, na mesma região, trabalha, desde o último ano, para localização da mulher de 50 anos, desaparecida desde o dia 16 de outubro de 2022. Ao serem interrogados, os suspeitos também confessaram o homicídio da mulher, que teria ocorrido após uma discussão por causa de assunto político.
Os suspeitos detalharam que a mataram por esganadura e depois a esquartejaram. Em seguida, as partes foram colocadas em sete sacos plásticos com terra, os quais foram dispensados no trajeto entre Campina Verde e Iturama