Todos contra o mosquito

'Panelaço': Comunidades denunciam focos de dengue na grande BH

Bota-fora irregular e matagal com água parada são os mais relatados e se tornam ponto de proliferação do Aedes aegypti

Por Guilherme Gurgel
Publicado em 01 de março de 2024 | 03:00
 
 
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Com mais de 2.000 casos de dengue registrados por dia em Minas Gerais, a preocupação aumenta por todos os lados, principalmente com a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Conforme balanço divulgado na quarta (27), 121.627 casos já foram confirmados apenas neste ano. Outros 345 mil são tidos como prováveis. O número de mortes confirmadas aumentou para 33 – outros 228 óbitos são investigados no Estado. 

Enquanto a vacinação ainda permanece restrita, o combate ao Aedes aegypti continua sendo a principal forma de conter o avanço da doença. O Super preparou, então, uma edição especial do Panelaço, com denúncias de lideranças comunitárias da Grande BH, que sempre colaboram com a coluna, sobre locais que, mesmo com o alarde causado pela epidemia, permanecem com acúmulo de água parada, o que permitem a reprodução do mosquito (confira na galeria acima).

Áreas de descarte inadequado de lixo, conhecidos como “bota-fora”, são um dos principais focos. O líder comunitário Rudson Paixão mostrou a situação na rua Atalaia, no bairro Jaqueline, na região Norte de BH. “Lá parece um depósito de material de construção. A gente está pedindo a implantação de uma placa de Ponto Limpo e de um jardim”, sugere.

A Prefeitura de BH lembra que as denúncias sobre pontos de acúmulo de água devem ser feitas nos canais oficiais do município: o Portal de Serviços online (servicos.pbh.gov.br), o app PBH e o telefone 156.

Além do cuidado com os espaços públicos, a responsabilidade por impedir a proliferação do mosquito também é individual. “A primeira atitude é vasculhar o ambiente doméstico para ter a certeza de que não há locais com água parada, já que é nesses espaços que as fêmeas botam os ovos. Esse cuidado vale até com o recipiente de água dos pets”, orienta a bióloga Fernanda Grossi, professora do UniBH.

Resposta da Prefeitura de BH

A Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que vistorias serão realizadas nos locais listados pela coluna. A PBH pediu que as denúncias sejam enviadas pelos canais oficiais da PBH de atendimento ao cidadão. “O munícipe receberá um número de protocolo para acompanhamento da demanda e de prazos de atendimento”, acrescentou a prefeitura.

Quando é confirmado o foco em uma residência, os agentes de combate a endemias orientam o morador e definem um prazo para adequação. Encerrado o período, o profissional volta para uma reavaliação.

Caso a situação não tenha sido solucionada, a demanda é encaminhada para a Vigilância Sanitária ou Fiscalização para prosseguir com os processos de autuação e multa ao proprietário.

Resposta de Contagem

Em relação ao bota-fora irregular na avenida David Sarnoff, a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Semobs) informa que esse local é limpado regularmente. O município também pede a colaboração da população para manter o espaço limpo. “Para o descarte correto de entulhos e materiais, a população pode utilizar um dos 26 ecopontos espalhados nas oito regiões do município. Eles funcionam de segunda-feira a sábado, das 8h30 às 12h e das 13h às 16h50”, acrescenta a prefeitura.

Em relação à rua Jordânia, no bairro Pedra Azul, a Semobs informa que a via foi contemplada pelo programa de revitalização de vias Asfalto Novo e está em fase de obras complementares, com implantação de sarjeta e correção de meio-fio nos pontos necessários, com previsão de avanço para a próxima semana. 

Resposta de Ribeirão das Neves

A Prefeitura de Ribeirão das Neves respondeu que já foi realizada a limpeza na rua Artur José Alves.

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