CIDADES

Parentes identificam corpo na Pampulha

Redação O Tempo

Por RICARDO VASCONCELOS
Publicado em 04 de novembro de 2005 | 22:40
 
 
 
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Um corpo encontrado na lagoa da Pampulha, no final da tarde de ontem, foi identificado por parentes de Felipe da Silva, 15, como sendo do adolescente.

O dia de ontem foi de angústia para a família, amigos e vizinhos de André, que foi arrastado pela correnteza até cair em um bueiro na tarde da última quinta-feira, no bairro Jardim Alvorada, Noroeste de Belo Horizonte.

Os bombeiros iniciaram as buscas às 4h, percorrendo 600 m de galerias fluviais. Depois, seguiram até o leito da Vila São José, passando pelos córregos Alípio de Melo e Ressaca, que deságuam na lagoa da Pampulha.

Enquanto os bombeiros trabalhavam, era grande o movimento na casa da avó de André, que fica próxima ao local do acidente. A aposentada Ivone da Silva, 74, chegou a passar mal e desmaiou. A família chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas disse que demorou uma hora para chegar.

"Então, tive que pedir ajuda aos bombeiros, que estavam tentando achar o meu filho, que é a coisa mais importante da minha vida e ninguém sabe onde ele está", desabafou a mãe do adolescente, Janaína da Silva Costa. Ivone foi levada ao Odilon Behrens, sendo transferida pouco depois para o Pronto-Socorro de Venda Nova.

Indignada
A irmã de Janaína, Maria da Gloria, 38, que mora em Itabirito, chegou na casa da mãe na manhã de ontem. Bastante emocionada e nervosa, estava indignada com o desaparecimento do sobrinho. "Ele é filho único e tem apenas 15 anos, com um futuro todo pela frente. O que vamos fazer sem ele"", perguntava.

O pintor Sidmar Malta foi quem chamou os bombeiros, no momento que o adolescente caiu no buraco. "Não pude fazer nada porque a correnteza estava muito forte. Foi triste, mas poderia ter sido pior porque a mãe dele quase foi arrastada também", disse.

José Carlos Evangelista trabalha em frente ao local do acidente, na rua Flor da Redenção. Segundo ele, os bueiros abertos são antigos. "Mas ninguém faz nada para resolver a situação. É preciso acontecer uma tragédia para as autoridades acordarem", afirmou.

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