Segurança

PBH escolhe 90 escolas mais 'violentas' para terem guardas municipais

Secretaria de Segurança disponibilizará 180 agentes para atuarem em duplas nas instituições com mais registros de ocorrências policiais

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 09 de fevereiro de 2017 | 18:20
 
 
 
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Buscando trazer uma maior sensação de segurança no ambiente escolar, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fez um levantamento das instituições que foram palco do maior número de ocorrências policiais e disponibilizou 180 guardas municipais que atuarão em duplas nas 90 escolas mais "violentas" da cidade. As medidas que serão adotadas foram discutidas no início do mês em reunião que envolveu as Secretarias de Educação e Segurança Urbana e Patrimonial.

De acordo com nota divulgada pelo município, durante o encontro foi apontada a necessidade de ampliar as ações da cultura de paz nas escolas e de aumentar a presença da Guarda Municipal no cotidiano das instituições. De lá saiu uma primeira proposta da Secretaria de Segurança, que disponibilizará os agentes que atuarão de forma prioritária nas 90 escolas com maior índice de boletins de ocorrência ou de acordo com a necessidade apontada pela pasta de educação.

Além dos agentes que atuarão nestas escolas, as instituições municipais contarão ainda com a Patrulha Escolar. Cada uma das nove regionais da capital terá a disposição três viaturas - com uma dupla de guardas cada - e dois agentes em motocicletas para fazerem a ronda diária e atendimento de demandas das unidades educacionais da PBH.

O comandante da Guarda Municipal, Rodrigo Prates, explicou que a corporação já fazia a segurança das escolas, mas que a partir deste ano priorizarão as unidades com maiores problemas. “É importante ressaltar que continuaremos dando suporte à toda a rede, não vamos excluir nenhuma escola”, disse.

Os agentes não ficarão 24h nas escolas, mas estarão presentes nos horários mais críticos, que geralmente coincidem com as entradas e saídas dos estudantes. "Essa lista das escolas com mais ocorrências não será divulgada, uma vez que ela será constantemente atualizada, já que estes índices irão variar a cada ano", concluiu Prates. 

A secretária de Educação, Ângela Dalben, vê com muito otimismo o trabalho conjunto com a pasta de segurança. "É muito importante que trabalhemos de forma integrada, para que a presença da Guarda seja compreendida pela comunidade e resulte tanto em maior sensação de segurança, quanto na criação de ações de combate à violência e mediação de conflitos”, afirmou.

Procurada pela reportagem de O TEMPO, a assessoria de imprensa da Guarda Municipal disse que não divulgará se os guardas que atuarão nestas escolas estarão armados com armas letais por questão de segurança. 

Capacitação de diretores e coordenadores

Além das medidas envolvendo a presença da Guarda municipal nas escolas, durante a reunião ficou definido ainda que será desenvolvido pelas duas secretarias um Plano de Formação e Capacitação para diretores e coordenadores das instituições. A ideia é abordar questões relacionadas à violência.

Por fim, a PBH destacou que os alunos e funcionários continuarão tendo a segurança garantida, já que os guardas municipais continuarão fisicamente nas instituições. "A única mudança é que ela será definida com base nas estatísticas de criminalidade, por meio de um patrulhamento preventivo baseado no emprego estratégico e operacional do efetivo e da frota", concluiu a nota. 

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