A greve dos transportadores de combustíveis não deve afetar os serviços públicos de Belo Horizonte nos próximos dias. De acordo com a prefeitura da Capital, todas as viaturas da Guarda Municipal foram abastecidas nesta sexta-feira (26) e está tomando providências para garantir a circulação de ambulâncias do Samu, caso a greve se prolongue.
A administração municipal disse ainda que não haverá redução de viagens ou impacto no quadro de horários do ônibus. “As empresas que operam o sistema de Transporte Coletivo de Belo Horizonte têm uma central de abastecimento própria, sendo responsabilidade delas manter as reservas. Foi informado à BHTrans que os estoques de combustível estão regulares”, afirmou.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que “não há desabastecimento nesse momento em Minas e que a logística necessária para o andamento dos serviços da PMMG continuam normalmente”.
Com postos lotados em várias regiões do Estado, incluindo Belo Horizonte, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) prevê que a situação pode se deteriorar neste final semana, caso o movimento continue.
“A situação piora a cada hora que passa. Mantendo-se a greve, muitos postos não terão produtos já neste sábado e domingo”, avaliou o sindicato, por meio de assessoria de imprensa. A entidade representa cerca de 4.500 estabelecimentos ao redor de Minas. O órgão diz ser solidário à pauta dos grevistas, mas aponta que este não é o momento para uma paralisação, dado o cenário da pandemia de Covid-19 “e as dificuldades que a população e todo o setor produtivo enfrentam”. O Minaspetro defende que o governo de Romeu Zema (Novo) congele o cálculo da média de preços do combustível no Estado, que é utilizado para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e aumentará pela oitava vez consecutiva na próxima segunda-feira (1º).